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Nobel de Economia premia estudos sobre prosperidade de países
Por JB INTERNACIONAL com Economia JB
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Publicado em 14/10/2024 às 08:39
Alterado em 14/10/2024 às 08:39
O turco Daron Acemoglu, o britânico Simon Johnson e o americano James Robinson conquistaram nesta segunda-feira (14) o Prêmio Nobel de Economia em 2024 por seus estudos "sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade".
De acordo com a Real Academia de Ciências da Suécia, os três "nos ajudaram a entender as diferenças de prosperidade entre as nações", ao demonstrar a "importância das instituições da sociedade" para o bem-estar de um país.
"Sociedades com um estado de direito pobre e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudança para melhor. A pesquisa dos premiados nos ajuda a entender o porquê", diz um comunicado do Nobel de Economia.
"Quando os europeus colonizaram grandes partes do mundo, as instituições nessas sociedades mudaram. Isso às vezes foi dramático, mas não ocorreu da mesma forma em todos os lugares. Em alguns lugares, o objetivo era explorar a população indígena e extrair recursos para benefício dos colonizadores. Em outros, os colonizadores formaram sistemas políticos e econômicos inclusivos para benefício de longo prazo de imigrantes europeus", afirma a Real Academia.
Em suas pesquisas, os economistas mostraram que uma explicação para as diferenças de prosperidades entre nações está justamente nas instituições criadas durante colonizações Nesse cenário, alguns países ficaram presos em uma situação com instituições extrativistas e baixo crescimento econômico. "A introdução de instituições inclusivas criaria benefícios de longo prazo para todos, mas as instituições extrativistas fornecem ganhos de curto prazo para as pessoas no poder", acrescenta a entidade sueca.
No entanto, essa mesma incapacidade de garantir mudanças positivas pode levar a processos de democratização, uma vez que que, diante de uma ameaça de revolução, os detentores do poder tentam aplacar as massas com a promessa de reformas econômicas.
Como "é improvável que a população acredite" que o país "não voltará ao antigo sistema assim que a situação se acalmar", no fim das contas, a única opção pode ser "transferir o poder e estabelecer uma democracia".
De acordo com Jakob Svensson, presidente de Comitê do Nobel de Economia, reduzir as "vastas diferenças de renda entre países é um dos grandes desafios de nossa era", e os premiados "demonstraram a importância das instituições para alcançar isso".
Acemoglu e Johnson lecionam no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), enquanto Robinson é professor da Universidade de Chicago, nos EUA. Eles dividirão igualmente um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente hoje a R$ 5,9 milhões. (com Ansa)