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Crise econômica tira votos de Biden, e Trump lidera nova pesquisa à Casa Branca
Por Gabriel Mansur
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Publicado em 08/11/2023 às 12:23
Alterado em 08/11/2023 às 12:23
A um ano das eleições à Presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump segue à frente do democrata Joe Biden na mais recente pesquisa de intenção de votos, com 49% x 45%, segundo o instituto Social Science Research Solutions (SSRS). Os números foram divulgados pela rede CNN, nesta terça-feira (7).
Entre todos os entrevistados, 51% disseram que não há qualquer possibilidade de votarem em Biden. Entre os que dizem que não o apoiam, 4% afirmaram que há uma chance de voto. A rejeição a Trump também é alta, embora menor do que a do democrata: 48% afirmaram que não votam nele de forma alguma. Entre os que não o apoiam, apenas 2% disseram que consideram a hipótese de votar no republicano.
De acordo com a CNN, alguns pontos explicam a queda de popularidade do presidente nos últimos levantamentos. O Bidenomics, como o presidente vem se referindo às suas ações econômicas, não entusiasma os americanos, e é fator crucial no derretimento de sua candidatura nas pesquisas.
No fim de semana, uma pesquisa do New York Times mostrou Biden atrás de Trump em cinco dos seis estados mais decisivos na disputa pela Presidência dos EUA — em 2020, ele venceu nestes estados.
Basicamente, o baixo apoio ao atual presidente dos Estados Unidos se deve a uma percepção geral de que as coisas não estão bem no país. A sondagem mostrou que 72% dos norte-americanos acreditam que as coisas vão mal, e que essa sensação permeia todo seu mandato.
Os eleitores também apontam que os principais fatores negativos na gestão Biden seriam a falta de resistência e perspicácia para servir de maneira eficaz como presidente. Apenas 25% dos entrevistados apontaram que o atual presidente possui esses dois requisitos. Por outro lado, a maioria (53%) acredita que Trump as possui.
A guerra no Oriente Médio também provoca impacto negativo na campanha do democrata. Ao mesmo tempo em que ele envia armas e porta-aviões a Israel, e defende o direito de "autodefesa" do Estado judeu, o discurso da Casa Branca não agrada eleitores progressistas e de algumas parcelas da população, como os árabes-americanos, que deram apoio maciço a Biden em 2020.
Segundo os entrevistados, a economia deverá ser o tema mais importante nas eleições de 2024. Entre os eleitores registrados, 66% disseram que o mote será determinante para o voto. A integridade eleitoral e os direitos de voto (57%), a política de armas (52%), o crime (52%) e a imigração (50%) também são temas relevantes para o pleito do ano que vem.