MUNDO

Biden pede US$ 75 bilhões ao Congresso para municiar Israel e Ucrânia

Presidente norte-americano pleiteia aporte de R$ 40 bilhões só em armamento para os dois países; ao mesmo tempo, quer investir um quinto dessa quantia em ajuda humanitária

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 20/10/2023 às 15:07

Alterado em 20/10/2023 às 18:03

Joe Biden Foto: Epa

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso, nesta sexta-feira (20), a aprovação de uma verba orçamentária urgente de mais de 105 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 530 bilhões, para manter seu "apoio irrestrito" tanto a Israel quanto à Ucrânia nas guerras que travam com a Palestina e a Rússia, respectivamente.

Dentro deste montante, também há US$ 13 bilhões para o combate à crise migratória na fronteira com o México e ao tráfico de fentanil.

Segundo anúncio da Casa Branca, os EUA vão investir mais de 40 bilhões de dólares só em armamento para Israel e Ucrânia. Ao mesmo tempo, o valor disponibilizado para mitigar as crises humanitárias provocadas pelas guerras será de 9 bilhões. Confira a divisão:

  • 61,4 bilhões para manter o apoio à Ucrânia, dos quais 30 bilhões seriam gastos em armas;
  • 14,3 bilhões para Israel, sendo 10,6 bilhões para armamento;
    pouco mais de 9 bilhões para resposta às crises humanitárias internacionais, inclusive a de Gaza;
  • 13,6 bilhões para despesas diversas relacionadas ao combate à crise migratória na fronteira com o México e ao tráfico de fentanil; e
  • 7,4 bilhões em financiamento para Taiwan e a região Indo-Pacífico.

Como era esperado, o democrata incluiu no mesmo pedido a ajuda a Israel e à Ucrânia. Em relação ao Estado Judeu, tanto democratas quanto republicanos são favoráveis ao aporte "infinito". No entanto, a ala mais radical da bancada republicana quer parar de aprovar verbas para o país europeu.

Com o argumento atemporal de 'levar a democracia para o Mundo', Biden afirma que o novo pacote bilionário “trará dividendos para a segurança dos Estados Unidos por gerações” e “ajudará a construir um mundo mais seguro, mais pacífico e mais próspero para nossos filhos e netos”.