
O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, declarou nessa terça-feira (10) que os países da UE são contrários ao bloqueio total de Gaza.
"Os ministros europeus concordaram com a declaração conjunta da UE e dos países do Golfo sobre o direito de defesa por parte de Israel, mas respeitando o direito internacional e humanitário", disse.
"Isso significa nenhum bloqueio - de provisões, de comida, água, e eletricidade - à população de Gaza", concluiu, ao fim de uma reunião sobre o conflito entre Israel e Hamas.
Já o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, disse: "A dimensão e a velocidade do que está ocorrendo nos territórios palestinos ocupados e em Israel são assustadoras. A minha mensagem a todas as partes é inequívoca, as leis de guerra devem ser respeitadas".
"Os que foram feitos prisioneiros devem ser tratados com humanidade, e os reféns devem ser libertados sem demora.
Durante as hostilidades, os civis e as infraestruturas civis devem ser protegidos, e as ajudas humanitárias, os serviços e os fornecimentos vitais a Gaza não podem ser bloqueados", acrescentou.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, declarou: "Apoiamos Israel em empreender as ações necessárias e proporcionais para defender seu país e proteger sua população".
Ela ressaltou que a Casa Branca quer que Israel reaja ao ataque do Hamas, mas de maneira "proporcional".
Mortes
A nova escalada de violência foi deflagrada no último sábado (7), quando o Hamas promoveu uma incursão sem precedentes em Israel, deixando pelo menos 1,2 mil mortos. O país judeu estima que até 200 pessoas ainda sejam mantidas como reféns pelo grupo fundamentalista.
Já o Ministério da Saúde de Gaza reporta pelo menos 830 mortos em ataques israelenses, incluindo 143 crianças e 105 mulheres, e 4,2 mil feridos. (com Ansa)