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Eleições na Argentina: governista Massa ultrapassa ultradireitista Milei, diz pesquisa

Sondagem traz o ministro da Economia com 30,7%, pela primeira vez à frente do candidato da extrema-direita

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 02/10/2023 às 11:36

Alterado em 02/10/2023 às 11:39

Massa apareceu à frente de Milei nas pesquisas pela primeira vez Foto: Reprodução

O presidenciável Javier Milei, representante da extrema-direita nas eleições presidenciais da Argentina, parece ter perdido um pouco de sua força após sequência de posicionamentos polêmicos.

Na última pesquisa Atlas Intel, divulgada neste fim de semana, às vésperas do primeiro debate transmitido em TV aberta, o "Bolsonaro argentino", como é conhecido, apareceu pela primeira vez abaixo de Sergio Massa, ministro da Economia e candidato do governo de Alberto Fernández: 30,7% x 27,9%.

O levantamento representa uma "virada", pois Milei vinha liderando praticamente todas as pesquisas anteriores divulgadas no país. Com esses números, os dois disputariam o segundo turno, mas a Atlas Intel mostra Patricia Bullrich, candidata de centro-direita e ligada ao ex-presidente Mauricio Macri, com 27,7% das intenções, em empate técnico com Milei. Os demais nomes não chegaram a 5% das intenções de voto.

O primeiro turno está marcado para o dia 22 de outubro, e um eventual segundo turno aconteceria no dia 12 de novembro.

Segundo turno complicado para a situação

As boas notícias para o governista acabam aí: nas simulações de segundo turno, ele é derrotado em todos os cenários. Contra Milei, por exemplo, daria o candidato extremista, com 43,5% das intenções, contra 37,5% de Massa. Com Bullrich, a candidata da coalizão Juntos Pela Mudança, tem 44,9% dos votos, contra 34,9% do governista. Bullrich também supera Milei em um eventual confronto direto, 36,8% contra 31,5%.

A esperança de Massa está no grande número de indecisos: contra Milei, são 17%; contra Bullrich, são 20,1%; e em um eventual embate Milei x Bullrich, o número chega a 31,7%.

A pesquisa foi feita a pedido do jornal Perfil, e ouviu 3.778 pessoas em toda a Argentina entre os dias 20 e 25 de setembro, através de uma metodologia de "recrutamento digital aleatório".