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Exposição 'Luiz Aquila III Milênio Criação em Aberto' no MNBA

Um dos mais reconhecidos pintores brasileiros apresenta produção inédita

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Segundo o poema de João Cabral de Melo Neto, “Quadro nenhum está acabado/ disse certo pintor;/ se pode sem fim continuá-lo,/ primeiro, ao além do quadro/ que, feito a partir de tal forma,/ tem na tela, oculta, uma porta/ que dá a um corredor/ que leva a outra e a muitas outras”.

“A lição de pintura” traduz a essência da nova exposição de Luiz Aquila, que está em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes,  onde o artista apresenta obras inéditas realizadas entre 2009 e 2019. Ao todo, são expostas 30 pinturas, que contam com a liberdade criativa para articular cores e contrastes, através de planos e pinceladas presentes e expressivas com dimensões que vão de 70x90cm até 210x140cm.

Veja quem foi à abertura da mostra. Marco Rodrigues fotografou.

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A exposição de Luiz Áquila no MNBA (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Andrea Braga e Cristina Ferrão (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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A exposição de Luiz Áquila no MNBA (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Ralph Camargo e Luiz Áquila (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Luiz Áquila e Luiz Carlos Lacerda (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Luiz Áquila e Maysa Rocha Miranda (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Patricia Costa e Vanda Klabin (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Ivan Lima e Luiz Bhering (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Luiz Áquila e Lauro Cavalcanti (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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George Iso e Ruth de Aquino (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Geraldo Lamego e Luiz Áquila (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Marina Tavares e Alicinha Silveira (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)

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Cibele Rabello Amaral e Luiz Garrido (Foto: Marco Rodrigues/Divulgação)
“Luiz Aquila pertence a uma geração de artistas com sólida e erudita formação. Disciplinado e meticuloso, desenvolve na intimidade de seu ateliê as suas obras, a partir de intensa pesquisa de materiais e suportes. Diariamente, num exercício incansável de amor e troca, tensão e conflito entre criador e criatura, transita entre telas, cavaletes, pincéis, desenhos, rabiscos e superposições cromáticas, quando a sua mão, em gestos cadentes e poéticos, proporciona, uma obra mágica, uma obra única, fruto da inquietação de um pintor maior”, afirma Monica Xexéo, diretora do Museu Nacional de Belas Artes.

Trechos de textos críticos e estudiosos, como Casimiro Xavier de Mendonça, Felipe Chaimovich, Lauro Cavalcanti, Lelia Coelho Frota, Luiza Interlenghi, Marcus Lontra, Mario Barata, Vanda Klabin, Vera Pedrosa e Wilson Coutinho compõem o espaço expositivo da Sala Bernardelli, ajudando o visitante a conhecer a trajetória do artista. Um exemplo é a frase do crítico e historiador Frederico Morais que elucida, em parte, a escolha do nome da mostra: “Aquila procura manter seu processo de criação em aberto, sujeito a alterações, o quadro fluente, em andamento. O quadro vai nascendo ali, no corpo-a-corpo com a matéria com que constrói sua pintura, num diálogo ativo e inteligente".

Uma das paredes foi reservada para a exibição do filme-documentário “Aquila, Luiz”, dirigido por Luiz Carlos Lacerda. “Acredito que todo cineasta deve ter o cuidado de procurar nas Artes Plásticas referências de luz e enquadramento. Minha admiração pelo trabalho do Aquila vem de muito tempo, nos conhecemos há vários anos. Devo bastante ao resultado da fotografia e do movimento de câmera, que acompanha o ritmo das suas pinceladas, ao diretor de fotografia Alisson Prodlik”, diz Luiz Carlos.

“O que mais me chamou atenção durante as filmagens foi o extremo compromisso com a liberdade de criação. É uma relação impulsiva, ele entra num transe e fica obnubilado pela expressão”, complementa.

Durante a exposição, até o dia 1º de dezembro, haverá uma programação variada de atividades, que prevê visitas comentadas pelo artista e palestras com alguns convidados especiais.

Desdobramentos de quadros e pintura-instalação composta por sete grandes telas se destacam Certa vez, o curador Lauro Cavalcanti afirmou que a produção de Aquila seria uma pintura “em permanente construção”. Um dos destaques da mostra, a série de quatro telas “Mergulhos no Azul”, confirma esta fala, onde a cor é usada como assunto e a partir dela ocorrem improvisos cromáticos.

Impactante, a composição de sete telas originadas da pintura-instalação do MAM-SP, em 2013, está sendo exibida no Rio pela primeira vez. As pinturas dinâmicas e gráficas medem 210x140cm cada uma, e ganham uma dimensão monumental capaz de transportar o espectador para dentro da atmosfera do artista, que aqui utilizou técnica mista de acrílica e eventual uso de colagens.

Luiz Aquila foi professor e diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde exerceu grande influência sobre a Nova Pintura Brasileira, Geração 80. Nasceu em 27 de fevereiro de 1943, no Rio de Janeiro, e iniciou-se nas artes através de seu pai, o artista plástico e arquiteto Alcides da Rocha Miranda. Foi aluno de Aluísio Carvão, pintura, no MAM-RJ e de xilogravura de Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Frequentou cursos livres na Universidade de Brasília (UnB), foi bolsista do Governo Francês em Paris, do British Council em Londres, e da Fundação Gulbenkian em Lisboa e Évora. Ao longo da carreira, participou de mais de 200 exposições (individuais e coletivas) no Brasil e no exterior, e foi chamado pelo crítico Frederico Morais de “herói de sua própria pintura”. Participou da 17ª, 18ª e 20ª Bienal Internacional de São Paulo em 1983, 1985 e 1989, respectivamente e também da Bienal de Veneza. Em 1988, transferiu-se para Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Em 1992, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e, em 1993, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) realizaram mostras retrospectivas de seu trabalho. Em 2003, exposição individual no Museu de Arte Contemporânea (MAC-Niterói). Em 2013, o artista comemorou cinco décadas de trajetória com uma grande retrospectiva no Paço Imperial.

Ficha técnica: Apresentação: Monica Xexéo / Coordenação Geral: Patricia Costa – Galeria Patricia Costa / Produção: Paulo Branquinho / Assessoria de Imprensa: Bia Sampaio (BriefCom) e Nelson Jr. / Design: 19design / Heloísa Faria / Assistente do artista: Lilia Olmedo Monteiro Com exibição de filme de Luiz Carlos Lacerda.

Serviço: Exposição “Luiz Aquila III Milênio - criação em aberto” / Local: Museu Nacional de Belas Artes/MNBA – Avenida Rio Branco, 199 - Cinelândia /Sala: Bernardelli / Visitação: de terça a sexta, das 10h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h / Até 1º de dezembro de 2019 / Ingressos: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.

Marco Rodrigues/Divulgação - A exposição de Luiz Áquila no MNBA
Marco Rodrigues/Divulgação - A exposição de Luiz Áquila no MNBA
Marco Rodrigues/Divulgação - Andrea Braga e Cristina Ferrão
Marco Rodrigues/Divulgação - Ralph Camargo e Luiz Áquila
Marco Rodrigues/Divulgação - Luiz Áquila e Luiz Carlos Lacerda
Marco Rodrigues/Divulgação - Luiz Áquila e Maysa Rocha Miranda
Marco Rodrigues/Divulgação - Patricia Costa e Vanda Klabin
Marco Rodrigues/Divulgação - Ivan Lima e Luiz Bhering
Marco Rodrigues/Divulgação - Luiz Áquila e Lauro Cavalcanti
Marco Rodrigues/Divulgação - George Iso e Ruth de Aquino
Marco Rodrigues/Divulgação - Geraldo Lamego e Luiz Áquila
Marco Rodrigues/Divulgação - Marina Tavares e Alicinha Silveira
Marco Rodrigues/Divulgação - Cibele Rabello Amaral e Luiz Garrido