Com passaporte carimbado para sua quarta Olimpíada, a ginasta Daniele Hypolito vai para Londres com a meta de chegar à final em três aparelhos. Ressaltando ser "pé no chão", a ginasta de 27 anos não descarta até mesmo sonhar com sua primeira medalha olímpica.
"Se eu cumprir a meta que tenho na cabeça de entrar em três finais, vou ficar muito feliz. E se entrar na final, é outra história, a conversa é outra. Zera tudo, e quem tiver mais tranquilidade de estar ali consegue subir no pódio. Claro que se conseguir medalha vou ficar bem mais feliz. Quem não vai para uma Olimpíada sonhando com uma medalha?", afirmou Daniele, logo após ter seu nome anunciado como uma das três atletas que já estão selecionadas para defender o Brasil na principal competição esportiva do planeta.
Além de Daniele, Adrian Gomes e Bruna Yamamoto, duas estreantes em Olimpíadas, também estão confirmadas em Londres. Para a veterana, ir ao lado de duas iniciantes na competição dá um sentido diferente à sua classificação.
"Apesar de estar indo para a quarta Olimpíada e de estar tão emocionada quanto elas, sei qual a emoção de ir para a primeira. O gostoso de ir com elas é que vou lembrar de muita coisa que passei em Sydney", comentou.
Mesmo experiente, a ginasta do Flamengo não nega sentir aquele "frio na barriga" ao entrar em mais uma seletiva olímpica. Para Daniele, cada ciclo olímpico tem uma característica diferente. No caminho para Londres, a atleta destaca que o processo foi "muito emocionante".
Daniele Hypolito lamentou o corte de Priscila Cobello e Letícia Lima da Costa, companheiras também no Flamengo, mas lembrou que tudo isso faz parte do esporte. Ela elogiou as ginastas, e salientou que lesões acabaram prejudicando as duas.
"É difícil até para gente. São duas companheiras de clube, e de seleção, com quem convivo há muito tempo. A gente não sabe, às vezes, o que falar, porque ao mesmo tempo em que estou classificada, tem uma menina ao meu lado que passou por todo o processo", observou.
Aos 27 anos, Daniele Hypolito não pensa em parar tão cedo. Londres, segundo ela, será apenas a penúltima escala de seu ciclo olímpico. A ginasta pretende disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, daqui a quatro anos.
"Meu ciclo olímpico só fecha em 2016 mesmo. Não sei como vou estar, se fazendo quatro, três, ou dois aparelhos, mas meu ciclo só fecha lá", afirmou.