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A voz das juventudes nas eleições (V)

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Carolina Cacau é candidata a vereadora do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Militante negra e feminista. Enquanto estudante,foi por dois anos do Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ, além de ser professora da rede estadual e moradora do Méier.

Nossa convidada também é colunista do Jornal Esquerda Diário e participou ativamente da greve da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e a da greve dos professores da rede estadual que duraram 4 meses, combatendo o sucateamento e a precarização da educação pública. Sua Luta junto aos funcionários terceirizados da UERJ é contra a precarização do trabalho e pela qualidade de vida dos trabalhadores.

Defende que todo político ganhe o salário de uma professora. Se eleita seguirá vivendo com o salário de professora da escola pública e o restante doará para a luta dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros/as e LGBT’s. Segundo ela, seu mandato irá combater os privilégios dos políticos.

Educação pública e de qualidade

Querem desmontar a UERJ com cortes de bolsas, demissões de terceirizados, salários atrasados, e o HUPE (Hospital Universitário Pedro Ernesto) funcionando com metade da sua capacidade, enquanto empresários recebem isenções fiscais do Paes, Pezão e Dornelles. Não aceitaremos que sigam sucateando a UERJ. UERJ e HUPE resistem. Propomos não pagar a dívida pública e que as grandes fortunas sejam taxadas para ter dinheiro para a saúde e educação.

Juventude

A juventude tem que ter direito ao acesso à cultura, lazer, à educação pública de qualidade com permanência estudantil garantida. Temos que romper os muros raciais e sociais dos vestibulares das universidades públicas. Por isso defendemos o fim do vestibular e estatização das vagas privadas. A juventude tem o direito de usar a roupa que quiser e amar quem quiser sem machismo e LGBTfobia. O Brasil tem a polícia que mais mata no mundo, dezenas de jovens negros morrem todos os dias. Por isso lutamos pelo fim do genocídio da juventude negra, pelo fim da impunidade, pelo fim das UPP’s e de todas as polícias. No mundo todo a juventude esteve no centro dos principais dos fenômenos políticos abertos com a crise econômica mundial. No Brasil, a juventude questionou os partidos tradicionais em Junho em 2013, ocupamos escolas e universidades. Façamos um novo junho contra os ajustes e os golpistas.

Basta de privilégios dos políticos

Nossa campanha anticapitalista quer enfrentar os privilégios dos políticos corruptos que ganham altos salários, benefícios e ainda enriquecem com a corrupção, tudo isso pra seguir se elegendo para fazer uma política para os interesses dos ricos, empreiteiros, empresários e bancários. Nós achamos que política não pode ser uma forma de enriquecimento e que já basta de votar em políticos que não vivem a mesma vida que os trabalhadores, por isso defendemos que TODO POLITICO GANHE O MESMO SALÁRIO DE UMA PROFESSORA e que os mandatos a vereadores, deputados, senadores e juízes sejam revogáveis. Se eleita seguirei vivendo com o salário de professora da escola pública e o restante doarei para a luta dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, negros e LGBT’s.

* Walmyr Júnior é morador de Marcílio Dias, no conjunto de favelas da Maré, é professor, membro do MNU e do Coletivo Enegrecer. Atua como Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve). Integra a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.