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Acordo UE-Mercosul deve contemplar o vinho

foto divulgação/UMC -
Jean-Marie Barillère é presidente do CEEV e da União das Casas de Champagne, UMC.
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Na medida em que se aproxima do fim das negociações do acordo comercial UE-Mercosul, as empresas de vinho da União Europeia reiteram a necessidade de um acordo sobre o acesso ao mercado e a proteção das indicações geográficas dos vinhos, disse hoje Ignacio Sánchez Recarte, secretário geral do CEEV, Comitê Europeu da Empresas do Vinho que representa as empresas produtoras e negociantes de vinho da Europa.

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Jean-Marie Barillère é presidente do CEEV e da União das Casas de Champagne, UMC. (Foto: foto divulgação/UMC)

Após vários anos de trabalho técnico e intensas discussões, o acordo comercial UE-Mercosul parece estar no caminho certo e se aproximando dos últimos estágios. As empresas de vinho da UE sempre foram a favor de um acordo ambicioso e reiteram os seus aspectos essenciais.

Em primeiro lugar, o acordo deve melhorar significativamente o acesso ao mercado, eliminando as tarifas aplicadas ao vinho, permitindo assim que os produtos da UE possam competir em igualdade de condições. “O vinho não pode perder esta oportunidade. Hoje, estamos competindo com países que não enfrentam as mesmas restrições que nós”, disse Ignacio Sánchez Recarte, Secretário Geral do Comitê Vinhos. "Poderíamos fazer muito melhor nos mercados do Mercosul, por isso o acordo deve garantir a eliminação das tarifas dos vinhos da UE dentro de um prazo razoável".

Uma segunda questão crucial para as empresas vitivinícolas da UE é a proteção das indicações geográficas (IG). O acordo deve ser assinado apenas se incluir medidas para uma proteção eficaz das IG do vinho. “Não é só o acordo com o Mercosul, as implicações para as nossas Indicações Geográficas vão muito além”, disse Jean-Marie Barillère, presidente do Comitê Vinhos. "Um fracasso da UE sobre este assunto seria particularmente prejudicial, tendo em vista outras negociações em curso e futuras," conclui Barillière.