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'Melhor ser bárbaro do que servo', diz líder da Liga italiana após críticas

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O líder da extremista Liga, Matteo Salvini, rebateu, nesta quarta-feira (16), as críticas pejorativas de "bárbaro" diante da possibilidade de que chegue ao governo na Itália e garantiu que prefere "ser bárbaro do que servo" da política da União Europeia (UE).

Em um vídeo divulgado no Facebook, Salvini rejeitou energicamente os "insultos" da imprensa e, em particular, do jornal "Financial Times" que critica o acordo entre a formação antissistema Movimento 5 Estrelas e a Liga como a invasão dos "bárbaros modernos" a Roma.

"É melhor ser bárbaro do que servo, ou escravo! Melhor ser bárbaro do que vender a própria dignidade, o futuro, as empresas e até as fronteiras da Itália. Os italianos antes de tudo!", clamou.

No vídeo, o líder da Liga reconheceu que se "avançou" nas últimas horas nas negociações para chegar a um acordo com o M5E, as duas forças vencedoras das eleições de 4 de março.

"Hoje fechamos o acordo", anunciou, após recordar que, na Alemanha, várias forças políticas levaram seis meses para chegar a um pacto de governo.

Os dois partidos consideram que o atual sistema político da Itália fracassou e que as políticas da União Europeia falharam, em particular, na gestão do crescente fenômeno da migração.

"No programa de governo, ficará escrito (...) que, para a Itália, podem vir aqueles que têm documentos. Há um futuro aqui para essas boas pessoas. Para os milhares de delinquentes que chegam ilegalmente, há um único caminho: devolvê-los para suas casas", frisou.

A Liga pede que se agilize a tramitação dos pedidos de asilo e se expulse os presos estrangeiros "que nos custam os olhos da cara", completou.

Propõe ainda um corte no orçamento de quase 5 bilhões de euros para o resgate de emigrantes no mar Mediterrâneo.

Salvini deseja criar "um Ministério da Segurança e Defesa fronteiras".

kv/age/tt