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Senador russo compara posição dos EUA no Irã com caso da Líbia e do Iraque

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O primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia, Frants Klintsevich, declarou neste sábado (6) que os Estados Unidos estariam tentando atacar o Irã por todos os flancos, desde o apoio aos opositores até tentativas de sair do acordo nuclear.

Para ele, a ameaça de seguir de perto a situação em Teerã lembra as intervenções norte-americanas no Iraque e Líbia.  

Anteriormente, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião sobre o Irã por iniciativa dos EUA, cuja embaixadora, Nikki Haley, afirmou que o mundo inteiro vigiará de perto as ações do regime iraniano. 

"Não vejo necessidade de explicar o que significa uma vigilância norte-americana de perto, tudo lembra o Iraque e a Líbia, mas quem deu o direito à representante dos EUA de falar em nome de todo o mundo e, sobretudo, de ameaçar um estado soberano?", questionou o senador russo. 

Klintsevich apontou também que, para desestabilizar Teerã, Washington "está mesmo disposto a chantagear todos, suspendendo o acordo nuclear de forma unilateral", sem levar em conta que uma crise no Irã, um país com enorme potencial militar, "acabaria queimando todo o Oriente Médio". 

De acordo com o senador russo, a "revolução colorida", desencadeada no país árabe, tem um caráter abertamente geopolítico, e o principal objetivo dos EUA é atacar "o triângulo dos aliados na região, que é composto por Rússia, Irã e Turquia".

Grandes cidades iranianas foram alastradas na semana passada por protestos populares devido à difícil situação econômica no país. Como afirma mídia local, protestos já causaram morte de cerca de 20 pessoas, mesmo as autoridades declarando não ter usado força contra manifestantes. Presidente iraniano, Hassan Rouhani, destacou que os protestos foram provocados não apenas por dificuldades internas, mas também por incitações do exterior.

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Sputnik