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Marinha da Argentina diz que submarino desaparecido estava em boas condições

Esforço multinacional de busca e resgate segue em andamento

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A Marinha da Argentina insistiu neste sábado (25) que o submarino desaparecido ARA San Juan estava em boas condições quando iniciou sua missão, apesar das questões levantados pela possível explosão que atingiu a embarcação de 44 tripulantes.

As esperanças de sobreviventes diminuem cada vez mais. Já são 10 dias de desaparecimento — período suficiente para acabar o suprimento de oxigênio do submarino, de acordo com especialistas, ainda que ele esteja intacto.

Há um esforço multinacional de busca e resgate em andamento. Apesar das condições climáticas adversas, um navio norueguês está transportando um módulo de resgate submarino dos EUA que irá fazer buscas.

>> Familiar denuncia superlotação em submarino argentino desaparecido

O ARA San Juan foi construído na Alemanha e partiu em 8 de novembro do porto de Ushuaia a caminho de Mar del Plata.

"Dois dias antes de navegar, houve uma verificação de todo o sistema operacional", disse o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, em coletiva de imprensa. "O submarino não navega se isso não for feito. Se partiu de Ushuaia, era porque estava na condição de fazê-lo".

Balbi disse que o capitão informou em 15 de novembro que havia um problema elétrico em um compartimento da bateria. Mas ele depois comunicou por telefone via satélite que o problema havia sido resolvido e que continuaria a viagem submersa em direção a Mar del Plata.

Desde então, não houve contato com o San Juan, e nenhum sinal da embarcação ou detritos, apesar de uma busca intensiva.

Mas também foi no dia 15 de novembro que tanto a Marinha dos Estados Unidos como a agência internacional de monitoramento da proibição de testes nucleares detectaram o que parecia ser uma explosão submarina na área onde o submarino estava em operação.

Os familiares da tripulação, que aguardam por informações em Mar del Plata, afirmam que a embarcação de 33 anos estava em mau estado de conservação.

"Nós nos sentimos apoiados pelas pessoas", disse Zulma de Vallejos, mãe do membro da equipe Celso Oscar Vallejos. "Eu sei que meu filho vai voltar. Eu sei que ele vai voltar vivo. A última palavra não foi falada".

Sputnik