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Filipinas contradiz Casa Branca sobre debater direitos humanos

Governo de Duterte negou que ele e Trump tenham conversado sobre o tema

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No último dia da primeira viagem oficial de Donald Trump à Ásia, os governos dos Estados Unidos e das Filipinas entraram em contradição sobre o tratamento dado ao tema dos direitos humanos na reunião com o presidente Rodrigo Duterte.

A Casa Branca informou que, no encontro bilateral a portas fechadas desta segunda-feira (13), os dois líderes conversaram sobre o assunto, ainda que brevemente, e a agressiva guerra às drogas realizada por Manila. 

"A conversa foi centrada na luta ao Estado Islâmico, às drogas, aos comércios ilegais. Os direitos humanos foram debatidos brevemente, no âmbito da luta contra as drogas ilegais levada adiante pelas Filipinas", declarou a porta-voz de Trump, Sarah Sanders.

No entanto, um assessor de Duterte, citado pela imprensa norte-americana, negou que ele e Trump tenham conversado sobre direitos humanos. "O presidente Duterte falou sobre os perigos ligados à ameaça das drogas nas Filipinas, e o presidente Trump mostrou sintonia", explicou o porta-voz do mandatário filipino.

Duterte é conhecido por sua política de tolerância zero com o tráfico de drogas e é acusado de violar direitos humanos ao permitir centenas de execuções sumárias no país. Contudo, o próprio filho do presidente, Paolo Duterte, é suspeito de integrar uma quadrilha chinesa de contrabando de entorpecentes.

Em sua viagem pela Ásia, Trump também passou por Japão, Coreia do Sul, China e Vietnã, em um roteiro marcado por reuniões sobre a crise com a Coreia do Norte e o déficit comercial dos EUA com as maiores economias da região.