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Rajoy chama independência da Catalunha de 'ato criminoso'

Região declarou sua separação em votação no Parlamento local

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 O premier espanhol, Mariano Rajoy, definiu a proclamação de independência da Catalunha como um "ato criminoso" e "contra a lei", anunciando que o governo "tomará as medidas necessárias para restabelecer a legalidade". O premier ainda afirmou à imprensa que o que aconteceu nesta sexta-feira (27) "é a prova de que era necessário ativar o artigo 155", que tira temporariamente a autonomia da região. 

O governo espanhol convocou uma sessão extraordinária nesta sexta-feira para debater a crise com a Catalunha, que declarou sua independência em votação no Parlamento local. O encontro debaterá como serão feitos os procedimentos para a intervenção na região, após o Senado de Madri aprovar a ativação do artigo 155, que tirará temporariamente a autonomia regional. 

Paz e dignidade

Em seu primeiro pronunciamento após a declaração de independência da Catalunha, o presidente da região, Carles Puigdemont, afirmou que quer "contribuir com a riqueza" desse momento e levar "paz e dignidade" ao "nosso país".

Perante uma multidão que entoava gritos de "presidente, presidente", Puigdemont criticou a postura do governo espanhol de maneira indireta.

"São as instituições e as pessoas que, conjuntamente, construímos um povo e uma sociedade. Um povo não pode ser criado de maneira separada da sociedade. Por isso, os prefeitos de vocês representam essa solidariedade entre instituições e a cidadania", disse sob muitos aplausos de milhares de catalães.

O presidente ainda pediu que sejam mantidos "o civismo, a dignidade e a paz" nesse processo para que as mãos de todos possam "fortalecer a Catalunha como uma velha nação da Europa que sempre lutou pela paz".

Ao fim do pronunciamento, todos cantaram o "hino" da Catalunha, "Els Segadors".

Quem também se manifestou foi a prefeita de Barcelona, Ada Colau, que pediu a "defesa das instituições catalãs".

"Sempre teremos tempo para voltar ao diálogo. Aconteça o que acontecer, não deixaremos de pedir isso. Mas, agora precisamos defender as instituições catalãs, lutar para preservar a coesão social e a prosperidade de Barcelona e da Catalunha", escreveu em sua conta no Facebook.

Com Ansa