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Egito decreta estado de emergência por três meses após ataques

Medida gera críticas e protestos entre ativistas

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O presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, decretou estado de emergência pelos próximos três meses em todo o país após os ataques às igrejas coptas deste domingo (9) na nação terem matado ao menos 44 pessoas e deixado dezenas de feridos. 

A medida do mandatário, que precisa ser aprovada pelo Parlamento antes de ser colocada em prática, permite que prisões sejam realizadas sem que mandatos tenham sido expedidos e que qualquer moradia seja revistada. 

A Casa apoia em sua maioria a decisão do chefe de Estado. Segundo Sisi durante discurso à emissora de televisão, o estado de emergência vai ajudar na luta contra os jihadistas, que será "longa e dolorosa", mas que ficará mais fácil se "passos constitucionais e legais", como o que foi decretado por ele, forem adotados. 

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A decisão do presidente egípcio, que também colocou o Exército do país em peso nas ruas para proteger, de acordo com ele, "infraestruturas importantes e vitais", já se tornou motivo de críticas e de protestos de ativistas dos direitos humanos, que dizem que o estado de emergência apenas permitirá que abusos, torturas e até execuções sejam realizados pelas forças de segurança. 

De acordo com a agência de notícias do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis), Amaq, foram os jihadistas que realizaram os atentados. 

As duas igrejas que foram atacadas estavam lotadas porque neste domingo foi celebrado o Dia de Ramos para os cristãos, que inicia o calendário da semana da Páscoa.