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Justiça absolve ex-prefeitos por reforma em teatro de Milão

Políticos eram acusados de não supervisionar obras no teatro

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A Justiça italiana absolveu quatro ex-prefeitos da cidade de Milão pelas acusações de homicídio culposo e lesões corporais gravíssimas em trabalhadores pelo caso envolvendo a reforma do Teatro alla Scala, um dos mais importantes pontos turísticos da cidade.    

De acordo com a acusação, Carlo Tognoli, Paolo Pillitteri, Giampiero Borghini e Marco Formentini tinham responsabilidade para evitar que fosse usado produtos com amianto na reforma do local.    

Como eles eram os presidentes do Teatro alla Scalla, os promotores os acusavam de negligenciar as questões ambientais envolvidas na obra desde 1986. O procurador Maurizio Ascione afirmou aos juízes que os ex-prefeitos não decretaram a remoção das peças de amianto do sipário acústico (o fundo do palco ), dos acessos para proteção contra incêndios e das áreas elétricas. 

Nas audiências anteriores à decisão, os juízes admitiram como partes civis do processo os familiares de nove trabalhadores mortos (incluindo a cantora lírica Luciana Patelli) e de um ex-engenheiro de som que contraiu uma doença chamada de mesotelioma pleural, que comumente atinge quem entra em contato com amianto.    

No próximo dia 9 de fevereiro, outras cinco pessoas serão julgadas pelo caso. Irão ao banco dos réus o ex-superintendente Carlo Fontana, o ex-diretor técnico Franco Malgrande, o ex-chefe do gabinete técnico Franco Filighera, a ex-diretora de Assuntos Gerais Maria Rosaria Samoggia e o ex-consultor sobre assuntos de higiene e segurança Giovanni Traina.