ASSINE
search button

Orlando amanhece em luto por atentado contra boate gay

Ao menos 49 pessoas morreram e outras cerca de 50 feridas

Compartilhar

Orlando, nos EUA, amanheceu de luto no último domingo, dia 12. Por toda cidade, milhares de pessoas lamentavam o atentado na boate Pulse, onde aconteceu o ataque a tiros mais sangrento da história do país, deixando ao menos 49 mortos.

    Horas após o massacre cometido por Omar Mateen, Orlando parece paralisada. Comércios estão fechados e o silêncio nas ruas só é interrompido pela passagem de carros e helicópteros.

    A Polícia local e o FBI trabalham de forma ininterrupta e muitos voluntários tentam ajudar da forma como podem, distribuindo garrafas de água, etc.

    "Uma amiga minha me disse que falta gelo, tenho quatro pacotes.

    Posso deixar com alguém?", perguntava uma mulher a um policial nas proximidades da cena do crime.

    Ainda nas imediações do bloqueio policial, Antonina, que usa uma blusa com o arco-íris, símbolo do orgulho gay, explica que seu sobrinho estava na Pulse na noite do crime. "Ele foi embora cerca de dez minutos antes que acontecesse o que aconteceu", comenta sobre o atentado. Junto a ela, um jovem se questiona, "como explicaremos isso para as crianças? Devemos dar um basta às armas".

    John, de 30 anos, diz que se trata de "outro 11 de setembro", o atentado contra o World Trade Center que chocou o mundo em 2001.

    "Moramos aqui perto, não conheço ninguém que tenha sido vítima do massacre, mas meu irmão sim", diz outro jovem enquanto ajuda a distribuir água. "Estamos aqui para ajudar as vítimas", diz. "Fizemos história, mas não no sentido positivo", conclui. Na madrugada do último sábado, Mateen, de origem islâmica, entrou na boate gay e abriu fogo contra as pessoas presentes, deixando ao menos 49 mortos e cerca de 50 feridos. (ANSA)