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Após massacre, EUA identificam 22 vítimas de clube em Orlando

Em entrevista, investigadores indicaram que detalhes ainda estão sendo buscados

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A cidade de Orlando chora as 49 vítimas do maior massacre da história moderna dos Estados Unidos. Até o momento, 22 vítimas foram identificadas pelos familiares e os trabalhos de remoção e identificação dos corpos continua nesta segunda-feira (13). Em entrevista à imprensa nesta manhã, os responsáveis informaram que os detalhes ainda são investigados e que ainda são sigilosos. Contando o autor do atentado, Omar Sediqque Mateen, foram 50 mortos.

Entre as vítimas, está Eddie Justice, o jovem que enviou mensagens por celular para sua mãe dizendo que a amava e que estava preso no banheiro com o atirador Omar Sediqque Mateen.    

Justice foi um dos reféns executados por Omar quando a polícia já cercava o local. O pai do atirador, Mir, publicou uma nova nota falando sobre o caso. "Não sei porque ele fez isso. Nunca percebi que ele tinha tanto ódio no coração. Se soubesse de suas intenções, eu teria impedido", escreveu o homem. 

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Segundo ele, seu filho "era um bom moço, com uma mulher e seu filho". "Eu o vi um dia antes da tragédia e não vi o mal em seus olhos. Estou sofrendo", finalizou. Por rádio, o Estado Islâmico (EI, ex-Isis) voltou a reivindicar a ação terrorista e disse que "um dos soldados do califado na América realizou uma invasão de segurança onde conseguiu entrar em uma casa noturna para homossexuais em Orlando, Flórida". 

Quem é Omar Sediqque Mateen? 

O atirador Omar Sediqque Mateen, 29 anos, era um cidadão norte-americano com origens afegãs. Um perfil similar ao assassino da tragédia de San Bernardino, que tinha origens paquistanesas, e aos irmãos autores do atentado na maratona de Boston, que tinha origem chechena. Os dois, aliás, foram lembrados por Omar durante sua ligação ao serviço de emergência 911, quando jurou lealdade ao EI.    

Nascido em Nova York em 1986, vivia em Fort Pierce, uma cidade a quase 200 quilômetros de distância do lugar do massacre. Porém, se a motivação dele foi o extremismo islâmico ou seu ódio às pessoas homossexuais, ainda está sendo investigado.    

O que é fato é que o FBI o interrogou três vezes por suposta ligação com terrorismo - duas em 2013 e uma em 2014. Mas, a investigação foi encerrada sem ser "conclusiva". Ele também havia sido colocado em uma lista de "simpatizantes" do grupo terrorista contudo, mais uma vez, a investigação não prosseguiu.    

Por trabalhar em uma empresa de segurança, e por ser norte-americano, Omar tinha licença para portar duas armas e exerceu esse direito na semana passada. Ele também frequentava uma mesquita regularmente, de duas a três vezes por semana, mas segundo os outros frequentadores, ele não conversava com ninguém do local e parecia uma "pessoa calma". 

Vítimas

Até o momento, 22 vítimas foram identificadas, de acordo com a CNN: Edward Sotomayor Jr., 34 anos; Stanley Almodovar III, 23; Luis Omar Ocasio-Capo, 20; Luis S. Vielma, 22; Juan Ramon Guerrero, 22; Eric Ivan Ortiz-Rivera, 36; Peter O. Gonzalez-Cruz, 22; Kimberly Morris, 37; Eddie Jamoldroy Justice, 30; Enrique Rios, 25; Darryl Roman Burt II, 29; Deonka Deidra Drayton, 32; Alejandro Barrios Martinez, 21; Anthony Luis Laureanodisla, 25; Jean Carlos Mendez Perez, 35; Franky Jimmy Dejesus Velazquez, 50; Amanda Alvear, 25; Martin Benitez Torres, 33; Luis Daniel Wilson-Leon, 37; Mercedez Marisol Flores, 26; Xavier Emmanuel Serrano Rosado, 35; Gilberto Ramon Silva Menendez, 25. 

* Da Agência Ansa

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