O Peru realizou neste domingo (5) o segundo turno das eleições presidenciais, com Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, tendo possibilidades de vencer o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski. Apesar da polêmica em torno de seu nome, Keiko mantinha 51,6% das intenções de voto ao longo da semana, em uma estreitíssima margem de liderança. Muitos peruanos dizem que Keiko é uma ameaça para a democracia, uma vez que seu pai está preso por violações aos direitos humanos durante seu governo (1990-2000). Ela, porém, conduziu uma campanha eleitoral agressiva, percorrendo todo o Peru e conquistando o apoio de grupos distintos, como os evangélicos, ao se declarar contrária ao aborto e ao casamento gay.
As urnas foram abertas às 8h locais (10h no Brasil) e cerca de 23 milhões de peruanos estavam habilitados a votar.
Keiko emitiu seu voto no colégio Virgem da Assunção, no distrito de Santiago de Surco, e fez um chamado para que os eleitores votassem "com fé, esperança e ordem, sem violência". Ela aguarda os resultados do comício em um hotel, junto com sua equipe.
Apesar do apelo, foram registrados alguns incidentes no país. Um casal em Surco chegou a ser preso por comparecer à urna com uma camiseta contra Keiko. (ANSA)