Matéria publicada nesta terça-feira (29) no The New York Times, por Isabel Kershner e Vinod Sreeharsha, conta que Israel e Brasil estão envolvidos em um impasse diplomático por conta da nomeação de seu próximo embaixador de Israel, em Brasília, e algumas autoridades israelenses sinalizaram que podem vir a tomar medidas caso o compromisso não seja aprovado. O que se comenta é que uma boa prática diplomática não recomenda que o país torne público o nome da pessoa que pretende indicar para representa-lo em outro país, e que o mesmo tem o direito de aceitar a indicação e no caso de uma resposta negativo, o país que apresentou o nome deve, discretamente, apresentar um novo e retirar o outro. Israel pisou na bola.
Ha quatro meses o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a nomeação de Dani Dayan, ex-presidente de uma organização que representa os colonos judeus na Cisjordânia. O governo brasileiro ainda tem de aprovar a sua nomeação, mesmo estando em uma situação desconfortável. "Estamos à espera de uma resposta brasileira", disse Emmanuel Nahshon, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, na segunda-feira. "É claro que quanto mais tempo demorar, é uma espécie de negativa no código diplomático. Basicamente nenhuma resposta significa 'não' ", acrescentou. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não quis comentar sobre a situação, mas um funcionário do governo. "É sempre feito em segredo, porque você quer ser capaz de dizer 'não', se necessário, sem constrangimento", disse um oficial brasileiro que pediu para não ser identificado.