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Israel estuda represálias ao Brasil por postergar aprovação de embaixador

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O governo israelense debaterá, nos próximos dias, medidas de represália à decisão do Brasil de postergar indefinidamente a aprovação do novo embaixador de Israel no país. 

A Presidência da República mantém silêncio, desde agosto, sobre a indicação do argentino naturalizado israelense principalmente pelo fato de ele ter presidido entre 2007 e 2013 o Conselho Yesha, que representa os 500 mil colonos israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, onde ele vive. O Brasil se opõe aos assentamentos, considerados ilegais por boa parte da comunidade internacional e a ONU.

Outra atitude de Israel que teria desagradado o Brasil foi a de não consultar  antecipadamente o governo sobre a nomeação, e somente enviar uma notificação depois que o primeiro-ministro já havia comunicado a nomeação à imprensa.

Segundo o próprio nomeado para o cargo, Dani Dayan, haverá uma reunião para tentar resolver o impasse com a cúpula do governo Binyamin Netanyahu —incluindo o próprio premiê, que ainda ocupa o cargo de chanceler— na qual ele espera que sejam aprovados passos diplomáticos em resposta.

"Nesse debate, será apresentado um leque de medidas. Espero que, desse leque, sejam escolhidos passos significativos. Há até um mês, havia uma avaliação em Jerusalém de que o assunto seria resolvido e o melhor a fazer era manter o silêncio", disse. "Essa avaliação mudou", completou.