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Grupo rebelde sírio nomeia novo líder após morte de comandante

Essam al-Buwaydhani, conhecido como Abu Hammam, substituirá Zahran Allouch

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Grupos militantes da Síria lamentaram neste sábado (26) a morte Zahran Allush, líder do Jaish al-Islam, principal grupo armado da região de Damasco, que luta contra o regime de Bashar al-Assad e o Estado Islâmico. O comandante foi morto em um bombardeio ao seu quartel-general, reivindicado pelo exército de Assad.

Essam al-Buwaydhani, comandante de campo conhecido como Abu Hammam, foi apontado como o novo líder, no lugar de Allouch.

Várias dezenas de líderes e guarda-costas foram mortos, entre eles 12 do Jaish al-Islam e sete do Ahrar al-Sham, outro destacado grupo rebelde.

O Jaysh al Islam, que tem milhares de combatentes treinados, é visto como o maior e mais bem organizado grupo rebelde.

Em um vídeo postado na internet, um porta voz do Jaysh al Islam disse que a morte de Allouch "irá apenas fortalecer nossa luta". 

A frente Al-Nusra, que também combate Assad, disse em comunicado que Allouch morreu após anos de sacrifício e desejou sorte ao seu sucessor.

"A morte de Allouch deve ser um ponto de virada na história da revolução e grupos rebeldes devem entender que eles estão enfrentando uma guerra de extermínio realizada pelo governo [do presidente russo Vladiimir] Putin", disse Labib Nahhas, membro do grupo Ahrar al-Sham.

O grupo Jaysh al Islam participou no começo de dezembro de um encontro entre opositores de Assad na Arábia Saudita para criar uma delegação para participar de conversas de paz com o regime de Assad marcadas para janeiro em Genebra, na Suíça. No entanto, o governo sírio descreve o grupo como "terroristas" e disse que não irá negociar com as facções.

A morte de Allouch pode ter contribuído para o adiamento da retirada de milhares de militantes e de suas famílias da margem sul de Damasco programada para este sábado.

A retirada envolvia principalmente integrantes do Estado Islâmico que neste ano invadiram a área de Yarmouk, onde há um campo de refugiados palestinos.

Apoiado pela Arábia Saudita e pela Turquia, Allouch era acusado de usar táticas brutais, como prender prisioneiros em gaiolas e exibi-los em áreas públicas para tentar dissuadir seus rivais a realizar ataques aéreos,