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Massacre em Charleston pode ter motivado ataque ao vivo

Fax enviado pelo atirador Vester Lee Flanagan menciona episódio

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O assassinato de uma jornalista e um cinegrafista durante uma transmissão ao vivo nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (26), teria sido um ato para vingar o massacre em uma igreja de Charleston, no dia 17 de junho, que deixou nove negros mortos.    

A informação é da rede "ABC", que diz ter recebido na última terça-feira (25) um fax de 23 páginas assinado por Bryce Williams, pseudônimo do atirador Vester Lee Flanagan. Após ter baleado a repórter Alison Parker, 24, e o cinegrafista Adam Ward, 27, o homem de 41 anos tentou cometer suicídio.    

Ele ainda foi encontrado com vida pela polícia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital da Virgínia, estado onde fica a cidade norte-americana de Moneta, palco do crime. "Por que eu fiz isso? Eu paguei o depósito pela pistola em 19 de junho. O tiroteio em Charleston ocorreu em 17 de junho. Aquilo que me deixou fora de mim foi aquele tiroteio, e nas minhas balas eu escrevi as iniciais das vítimas", diz o fax de Flanagan.    

No mesmo documento, o atirador afirma ter sofrido discriminação racial, abusos sexuais e bullying no trabalho. "Eu tenho todo o direito de estar irritado, o massacre de Charleston foi a gota d'água que fez transbordar o copo", acrescentou.    

Flanagan já havia indicado em sua conta no Twitter que o crime poderia ter tido motivações raciais. "Alison fez comentários racistas e foi contratada depois disso?", questionou, referindo-se à repórter assassinada, que tinha apenas dois anos como formada.    

Ela e Ward faziam uma transmissão ao vivo em um shopping para a emissora "WDBJ7", a mesma para a qual seu carrasco havia trabalhado anteriormente. A dupla foi alvo de ao menos sete disparos, mas a mulher que estava sendo entrevistada não ficou ferida.