Nesta quinta-feira (25), o Parlamento de Mianmar votou contra a emenda à Constituição que permitiria que a líder da oposição, Aung San Suu Kyi, concorresse à Presidência do país. Segundo a atual legislação, uma pessoa não pode se candidatar ao cargo se tiver filhos com algum estrangeiro. A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, que tem 70 anos, é mãe de dois filhos que têm cidadania britânica. Porém, para as eleições do final deste ano, o partido liderado pela opositora, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), desponta como o grande favorito.
Durante uma visita ao país no ano passado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou do governo eleições mais livres para que a democracia fosse "fortalecida". Na casa de Aung San Suu Kyi, Obama ainda apoio os pedidos de reformas constitucionais. Até 2011, Mianmar foi governada por uma junta militar e a opositora foi mantida em prisão domiciliar de 1989 a 2010. Dois anos depois, ela foi eleita deputada pelo NLD. Ainda na sessão de hoje, os parlamentares decidiram reduzir para 70% (era 75%) a maioria necessária para aprovar qualquer emenda à Constituição. Atualmente, os representantes militares do Exército têm direito a 25% dos assentos disponíveis no Parlamento. (ANSA)