A polícia alemã realizou buscas na casa dos pais do copiloto Andreas Lubitz, que teria derrubado "deliberadamente" o avião da Germanwings na última terça-feira (24), segundo as autoridades francesas. Os policiais deixaram a residência com caixas e sacolas com pertences da família, entre eles um computador. Outros locais também foram revistados, como um apartamento em Düsseldorf, onde o copiloto morava.
As famílias da tripulação visitaram a área em que avião caiu, nos alpes franceses, separadas das famílias das vítimas, de acordo com informações do "El País".
Segundo o promotor de Marselha, Andreas Lubitz, um alemão de 28 anos, aparentemente derrubou "deliberadamente" o avião com 150 pessoas a bordo, depois de trancar o piloto fora da cabine, que tinha deixado o cockpit para ir ao lavatório, e assumir o controle. Os passageiros só teriam notado o que ocorria momentos antes da queda.
"Nenhuma mensagem de socorro ou urgência foi recebida por controladores de tráfego aéreo e nenhuma resposta foi dada a todas as chamadas dos vários controladores de tráfego aéreo", disse o promotor Brice Robin.
Na gravação extraída de uma das caixas-pretas do avião, é possível ouvir o piloto gritando do exterior da cabine, pedindo para entrar, além de chamadas do controle de tráfego aéreo, que não foram respondidas. De acordo com o procurador, a respiração de Andreas Lubitz também é audível nas gravações, o que prova que ele não perdeu a consciência durante a queda.
Segundo informações da página de Lubitz no Facebook, que foi deletada, ele parecia ter uma vida normal, com interesses semelhantes aos de qualquer outro jovem de sua idade.
O acidente gerou medidas como a do governo do Canadá, que anunciou que deve exigir a permanência de duas pessoas na cabine dos voos de todas as companhias aéreas do país a partir de agora.
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