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A três dias de referendo, Cameron faz apelo a escoceses

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A três dias do referendo que pode conceder a independência da Escócia, as autoridades do Reino Unido fizeram os últimos apelos para que os eleitores escoceses votem "não" no referendo da próxima quinta-feira (18).

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que o Reino Unido "se tornou o que é hoje graças à grandeza da Escócia". "Graças aos pensadores, escritores, artistas, líderes, soldados, inventores que contribuíram para este país, e graças às milhares de pessoas que tiveram participação extraordinária nessa história", afirmou Cameron.

"Por favor, não façam pedaços nesta família de nação", apelou o premier. "A independência da Escócia não será uma separação, mas sim, um doloroso divórcio", acrescentou.

A rainha Elizabeth II também rompeu o silêncio sobre o tema. De acordo com o jornal "The Times", a soberana teria pedido para a população da Escócia "pensar com muita atenção sobre o futuro".

Um representante do Palácio de Buckingham, porém, não quis comentar a possível declaração da monarca, que recentemente disse que não interferiria no referendo, apesar dos apelos de Cameron para que pedisse a vitória do "não".

Até o astro do futebol inglês David Beckham fez seu apelo. "O que une é maior do que o que divide", escreveu o ex-atleta, em uma carta.

Por sua vez, os separatistas escoceses estão confiantes no resultado do referendo. "A próxima vez que Cameron viajar à Escócia, será para discutir o futuro dos dois países após a vitória do 'sim'", ressaltaram.

Nesta segunda-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, disse que, caso a Escócia declare independência do Reino Unido, se desligará automaticamente da entidade, que prevê aliança somente com os territórios subordinados a Londres.

"Se um novo Estado independente quiser ingressar na Otan, deverá se candidatar", disse Rasmussen, explicando que a Escócia precisará passar pelo processo de adesão como qualquer outro país.

De acordo com as últimas pesquisas sobre o resultado do referendo, os unionistas e os separatistas estão praticamente empatados.