Duas semanas após os ministros venezuelanos colocarem seus cargos à disposição, o presidente Nicolás Maduro anunciou mudanças em seu gabinete e "cinco grandes revoluções" que pretende impulsionar no país. De acordo com o mandatário, as revoluções recaem sobre o plano econômico, para "diversificar o aparato produtivo"; o educacional, cultural e tecnológico, "para conquistar independência nacional com uma nova ética"; no missionário, "para construir o socialismo"; e político, "para continuar edificando uma Venezuela em um mundo multipolar democrático".
Em seu discurso, Maduro informou que, a partir de agora, seu gabinete será formado por 26 ministros. Entre as mudanças, está a designação de Rafael Ramírez para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Homem forte do chavismo, Ramírez esteve por mais de uma década à frente da petroleira PDVSA e da pasta de Petróleo e Mineração, que agora fica nas mãos do irmão do falecido mandatário Hugo Chávez, Asdrúbal Chávez.
O ex-chanceler Elias Jaua ficará, agora, com a Vice-Presidência do Governo para o Desenvolvimento Territorial e com a direção do Ministério das Comunas.
Marcos Torres, por sua vez, será o novo chefe da Vice-Presidência Econômica, integrada por seis pastas, enquanto Eulogio Del Pino assumirá a estatal PDVSA. Para o Ministério do Comércio, foi escolhida Isabel Delgado. No de Transporte Aquático e Aéreo, o major-general Giuseppe Gioffreda.
As mudanças anunciadas por Maduro incluem reformulações de ministérios e agrupamentos. Chamadas de "sacudón" (sacudida) na Venezuela, as reformas eram esperadas desde o mês de julho.