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Síria tem 3 milhões de refugiados, diz ONU

50% da população foi obrigada a deixar suas casas

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Três milhões de sírios estão refugiados por culpa da guerra civil que atinge o país desde 2011, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (29). Outros 6,5 milhões foram obrigados a mudar de cidade dentro do próprio país. Isso significa que quase 50% da população foi obrigada a abandonar suas casas nos últimos três anos.

    Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), os dados ainda não incluem centenas de milhares de pessoas que fogem da Síria, mas não são registrados como refugiados nos países vizinhos. A entidade ainda lembra que, há menos de um ano, esse número estava na casa dos dois milhões de refugiados. Com base no relatório, a Acnur afirmou que um em cada oito sírios fugiu para alguma região diferente da sua e mais da metade deles são crianças. Os países que mais receberam refugiados são o Líbano, a Jordânia e a Turquia.

    De acordo com a agência da ONU, "há cidades em que a população foi encurralada, as pessoas passam fome e os civis são presos ou assassinados sem discriminação". "A crise síria se tornou a maior emergência humanitária da nossa era, mas o mundo não consegue ajudar os refugiados. A resposta à crise foi generosa, mas a triste verdade é que ela ainda é muito inferior ao que é necessário", disse Antonio Guterres, Alto Comissário do órgão.

    Isis na Síria Enfrentando o avanço do grupo terrorista do Estado Islâmico (ex-Isis), a Síria tem mais um agravante a sua situação já combalida. Os jihadistas estão oferecendo 1,2 mil euros mais uma casa para quem casar enquanto estiver lutando ao lado deles. Segundo o Observatório Nacional para os Direitos Humanos na Síria (Ondus), o próprio "califa", Abu Bakr al-Baghdadi, foi quem lançou a proposta. A residência seria estabelecida entre a Síria oriental e o Iraque ocidental. O califado imposto pelo Estado Islâmico se estende de Aleppo, na Síria, até a província de Diyala, no Iraque, e foi formado após avanços territoriais do grupo terrorista nas últimas semanas. O intuito dos jihadistas é formar um governo único, sem fronteiras, do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico, como existia nos tempos medievais. (ANSA)