A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), se reuniu na manhã desta sexta-feira (29), a pedido do premier ucraniano Arseni Iatseniuk, para tratar sobre a invasão russa na Ucrânia. A Otan crê em 1000 soldados russos no país vizinho.A Rússia nega a acusação.
Para Anders Fogh Rasmussen, secretário geral da Otan, está claro que tropas e equipamentos militares russos atravessaram a fronteira entre os dois países. "Não é uma ação isolada, mas faz parte de um perigoso percurso de muitos meses para desestabilizar a Ucrânia", afirmou Rasmussen, que declarou apoio a Kiev. O secretário-geral da Otan insistiu para que Moscou "Pare suas ações militares ilegais, o apoio aos separatistas armados e coopere com o fim desta grave crise." Na próxima semana, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, irá participar do encontro da organização, no País de Gales. "Mais uma vez daremos total apoio a Ucrânia", disse Rasmussen.
Neste sábado (30), na reunião do Conselho Europeu, fontes confirmam encontro de Poroshenko com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi.
O presidente da Ucrânia também vai receber apoio direto dos Estados Unidos. Uma reunião entre Poroshenko e Barack Obama, presidente dos EUA, foi marcada para o dia 18 de setembro, na Casa Branca. A confirmação foi feita pelo porta-voz do governo, Josh Eanest. "A visita evidencia o empenho dos EUA em apoiar a Ucrânia, em busca da democracia, independência e estabilidade", disse Earnest.
Crise do gás
O comissário europeu de Energia, Guenther Oettinger, chegou a Moscou nesta sexta-feira (29) para encontro com o ministro da Energia russo, Alexander Novak, e Alexiei Miller, presidente do conselho da empresa de energia Gazprom. A reunião vai tratar sobre a disputa entre Rússia e Ucrânia sobre o fornecimento de gás a Europa ocidental e o preço do gás russo fornecido a Ucrânia.
Antes do encontro, Novak declarou que existe forte risco ao fornecimento de gás para a Europa ocidental no inverno. Novak também declarou que a Ucrânia poderia estar "subtraindo ilegalmente" parte do gás russo que é mandado para a Europa ocidental pelos gasodutos que passam pelo território ucraniano.
O Conselho Europeu, que vai se reunir neste sábado (30) em Bruxelas, vai discutir a possibilidade de fazer novas sanções a Rússia. No entanto, segundo informações, a estratégia da União Europeia (UE) para pressionar Vladimir Putin a frear suas ações na Ucrânia será em setores como tecnologia, fornecimentos militar e compartilhamento energético. As primeiras sanções europeias a Rússia atingiram o setor econômico.
Segundo a ONU, desde o início dos confrontos na Ucrânia, em abril, aproximadamente 2.600 pessoas foram mortas na Ucrânia