Com cartazes com os dizeres "mãos ao alto, não atire", centenas de manifestantes marcharam pelas ruas de Ferguson, cidade no Missouri, na noite desta quarta-feira (20), em mais um protesto contra a morte do jovem Michael Brown, baleado por um policial, no dia 9 de agosto. Dessa vez, segundo a imprensa norte-americana, os protestos, que já geraram dezenas de confrontos, saques e prisões, foram pacíficos. Os manifestantes pedem a troca do promotor do caso, Robert McCulloch. A desconfiança existe, pois o promotor teria alguns familiares que trabalham no departamento de polícia de Ferguson. Nesta quarta-feira (20), McCulloch afirmou que as investigações devem ser encerradas apenas em outubro.
Em visita à cidade, o ministro da Justiça dos Estados Unidos (EUA) afirmou que espera que a sua presença em Ferguson tenha dado credibilidade à investigação do caso. "A minha esperança é que a minha visita dê confiança aos cidadãos de que tudo será feito pelo governo federal", disse Holden, que se encontrou com os pais de Brown.
Holden pediu o fim da violência em Ferguson. "Os atos de vandalismo agravam a situação", disse o ministro da Justiça.
Policial suspenso - A polícia de Saint Louis informou que um policial da cidade de Saint Ann, próxima a Ferguson, foi suspenso por tempo indeterminado, ao apontar um fuzil e ameaçar um manifestante que gravava a cena com um telefone celular. O caso ocorreu na noite da última terça-feira e o vídeo, lançado na internet. Na gravação é possível ver que um oficial, ao ver a atuação do policial, o afasta do manifestante, abaixando sua arma. Outro jovem morto - A polícia de Saint Louis divulgou nesta quinta-feira (21), um vídeo amador que mostra policiais atirando em Kajieme Powell. O jovem de 23 anos foi morto na última terça-feira (19). Segundo a polícia, ele estava com uma faca.
O vídeo mostra Powell se aproximando dos policiais, que pediam para ele abaixar a faca e se entregar. Segundo a policia, foram disparados 12 tiros contra o jovem. (ANSA)