ASSINE
search button

Porta-voz de Israel ironiza Brasil: 'Desproporcional é perder de 7 a 1'

Compartilhar

Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, ironizou a resposta brasileira de que os israelenses usam uma força "desproporcional" contra Gaza.

"A resposta de Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional, e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real e sob a lei internacional", disse Palmor.

Anão diplomático

"Essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático". A frase foi dita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, nesta quinta-feira (24/7), em reação à decisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil de chamar de volta ao país para consultas o embaixador em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho.

O Ministério de Relações Exteriores de Israel foi além nas avaliações e afirmou que a decisão do governo brasileiro não reflete o nível de relacionamento entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Considerou ainda que o procedimento dá respaldo ao terrorismo e deve afetar a capacidade do Brasil de exercer influência. "Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países pelo mundo”, disse nota emitida pela diplomacia israelense.

O governo brasileiro divulgou uma nota na última quarta-feira (23) afirmando que o país considera "inaceitável" o conflito na Faixa de Gaza, condenando "energeticamente" o uso de força por Israel na região, que resultou na morte de um número elevado de vítimas, principalmente mulheres e crianças. No mesmo comunicado oficial, chama para consultas o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Henrique Sardinha. A reação foi quase imediata da chancelaria israelense, forçada no Brasil pela Confederação Israelita, que classificou em nota o posicionamento do Ministério das Relações Exteriores do Brasil como "abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas".