Após 12 dias de protestos, as autoridades da Turquia confirmaram hoje (11) que quatro pessoas morreram nas manifestações. De acordo com o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, as vítimas são três manifestantes e um policial. A Associação Turca dos Médicos também confirmou os números. Pelo menos 4 mil pessoas ficaram feridas nos confrontos, dezenas com gravidade.
O clima tenso permanece nas principais cidades turcas, como a capital, Ancara, Istambul e Izmir.
O primeiro-ministro chegou a responsabilizar a imprensa internacional e as redes sociais na internet por incitar os protestos que ocorrem no país desde o último dia 31.
"Os meios de comunicação internacionais desinformam de maneira sistemática e, com as instituições de imprensa mal-intencionadas os protestos têm aumentado", disse o primeiro-ministro, que é alvo dos protestos.
Erdogan pediu ainda aos manifestantes antigovernamentais concentrados no parque Gezi, em Istambul, que se retirem da praça, alertando que o jardim não é "uma zona de ocupação". “Convido todos a se retirarem", disse Erdogan, algumas horas depois de a polícia retomar o controlo da praça Taksim, junto ao parque Gezi.
Os protestos começaram na praça Taksim após a repressão policial de uma manifestação, no dia 31 de maio, contra a destruição do parque Gezi, em Istambul, e rapidamente se espalharam por Ancara e outras cidades turcas.