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Conheça a trajetória da ex-primeira ministra Margaret Thatcher  

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Margaret Hilda Thatcher nasceu em 13 de outubro de 1925. O amor pela política surgiu com o próprio pai, Alfred Roberts, que era vereador e ganhava a vida como dono de uma quitanda. A mãe, Beatrice, era dona-de-casa.

A menina Margaret jamais escondeu a admiração que nutria pelo pai, um pregador metodista, que influenciou a forma de pensar da filha.

Gêmeos

Margaret estudou em Oxford e já na Universidade demonstrou habilidades para liderar em política estudantil. Não demorou muito para ela se filiar ao Partido Conservador, conhecido como Tory, na Grã-Bretanha.

Ao optar pela política, Thatcher concorreu ao Parlamento britânico, pela primeira vez, em 1950, e perdeu.

Um ano mais tarde, a jovem Margaret casava-se com Denis Thatcher, um empresário divorciado. Em 1953, Margaret Thatcher decidiu seguir a carreira de advogada, passando no exame requisitado para fazer júri. Neste mesmo ano, ela deu à luz gêmeos, o casal Carol e Mark.

Primeira Mulher

A eleição como deputada conservadora pelo distrito de Finchley, ocorreria somente em 1959, exatamente 20 anos depois ela se tornaria a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha, fazendo história e rompendo barreiras para outras mulheres da geração dela e de gerações seguintes.

E tornar-se primeira-ministra nunca esteve nos planos de Margaret Thatcher não por falta de ambição, mas por simplesmente não acreditar que um dia, uma mulher alcançaria o posto máximo.

Nesta entrevista a jornalistas ao chegar eleita a Downing Street 10, em 1979, ela afirmou que era uma honra para qualquer cidadão assumir o cargo.

Antes de galgar o topo da carreira política, Thatcher foi convidada para participar do gabinete do premiê Ted Heath como secretária de Educação, em 1970.

"Dama de Ferro"

Historiadores dizem que o apelido "dama de ferro" teria sido dado à Thatcher por um jornal russo, talvez uma alusão à expressão "cortina de ferro", cunhada por Wiston Churchill para marcar os anos da guerra fria.

Analistas dizem que para Margaret Thatcher não havia a "política do consenso", ela tomava uma decisão e a defendia com convicção.

Neste discurso, durante a 40ª. sessão da Assembleia Geral em um mundo ainda dividido por capitalismo e socialismo, apartheid, Thatcher disse o que pensava ser o papel da ONU no mundo.

União Soviética e Estados Unidos

Segundo ela, a ONU não podia e nem devia tentar ditar soluções detalhadas a países envolvidas em disputas. Para Thatcher somente as partes mesma poderiam chegar a um acordo, fossem elas a União Soviética e os Estados Unidos, árabes e israelenses, e brancos e negros na África do Sul."

Em casa, em seu próprio governo, ela tentou arrumar as finanças britânicas, reduzir a inflação, privatizar empresas, o que gerou protestos.

Os mais memoráveis talvez tenham sido as manifestações de ruas por causa de uma espécie de imposto pessoal, baseado não no valor da propriedade, a medida gerou revoltas até mesmo dentro do próprio Partido Conservador, da premiê.

Em política externa, ela investiu tempo e esforços nas relações com os países de língua inglesa, especialmente os Estados Unidos. A premiê britânica era amiga do presidente americano Ronald Reagan.

Saúde Debilitada

Quando Reagan morreu, em 2004, Thatcher já havia sofrido o primeiro derrame, e tinha a saúde debilitada, mas informou através de sua assessoria de imprensa que viajaria aos Estados Unidos para comparecer ao velório.

Já sobre o ex-líder soviético, Mikhail Gorbachov, Thatcher declarou que ele era alguém "com que se podia fazer negócio."

O momento mais tenso, talvez do primeiro Governo Thatcher, ocorreria em 1982 durante a Guerra das Malvinas com a Argentina, que terminou com a vitória da Grã-Bretanha.

Reeleição

Em 1983, Thatcher se lançou à reeleição ganhando a votação com maioria esmagadora.

Um ano depois, ela seria vítima de um atentado do Exército Republicano Irlandês, o movimento rebelde da Irlanda do Norte. A bomba explodiu no Hotel Brighton e foi sentida no quarto, que abrigava a primeira-ministra. Cinco pessoas morreram.

Em 1990, três anos após ser reeleita, ela renuncia ao cargo de primeira-ministra. Na despedida, ela faz um discurso emocionado, que leva a dama de ferro às lágrimas.

Baronesa

O cargo de deputada, ela deixaria em 1992. Três anos depois, Margaret Thatcher recebe o título de baronesa.

Em 2001, por causa da saúde debilitada, a ex-premiê reduz suas aparições públicas. Dois anos mais tarde, ela sofreria um baque pessoal com a morte do marido, Denis.

Margaret Thatcher deixa dois filhos adultos, os gêmeos Carol e Mark, além de netos.

*Com base em agências de notícias.