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Potências ocidentais condenam novas ameaças norte-coreanas

EUA, França e Reino Unido reagiram ao anúncio da Coreia do Norte

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Estados Unidos, França e Reino Unido se pronunciaram oficialmente neste sábado após a Coreia do Norte se declarar em estado de guerra com a Coreia do Sul. As potências ocidentais pedem que o regime norte-coreano freie o teor belicista de suas recentes ameaças. 

Enfatizamos que a Coreia do Norte tem uma longa história de retórica belicista e ameaças, e o anúncio ocorrido hoje segue esse padrão militar

"Vemos informações de novas e não construtivas declarações da Coreia do Norte. Levamos essas ameaças a sério e permanecemos em contato próximo com nossos aliados da Coreia do Sul", afirmou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca. "Mas também enfatizamos que a Coreia do Norte tem uma longa história de retórica belicista e ameaças, e o anúncio ocorrido hoje segue esse padrão militar", afirmou.

O Ministério das Relações Exteriores da França expressou neste sábado sua "preocupação" pela decisão da Coreia do Norte de se declarar em estado de guerra e pediu ao regime de Pyongyang que evite uma "nova provocação". O país solicitou também à Coreia do Norte que "cumpra suas obrigações internacionais, principalmente as referentes às resoluções pertinentes das Nações Unidas, e retome rapidamente o caminho do diálogo". "A França está profundamente preocupada pela situação na península coreana", disse nessa breve nota um porta-voz ministerial.

O Reino Unido advertiu a Coreia do Norte de que suas advertências "ameaçadoras" apenas a levarão a um "maior isolamento", informou neste sábado um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país. "Sua meta a longo prazo só será alcançada por meio do compromisso construtivo com a comunidade internacional", disse hoje o governo britânico.

Na nota, o Reino Unido também lembra que "o acordo de armistício - que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) - permitiu à Península da Coreia se beneficiar de 60 anos de paz" e acrescenta que mantê-lo é o "melhor interesse para todos".

A União Europeia (UE) também  pediu calma neste sábado à Coreia do Norte e que sejam evitados "erros de cálculo". "Esperamos que haja calma, também para evitar qualquer erro de cálculo, agora que estão sendo realizados exercícios militares em ambos os lados da fronteira", disseram à agência EFE fontes comunitárias. "É especialmente preocupante que a Coreia do Norte tenha voltado a ameaçar diretamente com uma ação militar os Estados Unidos e a Coreia do Sul", acrescentaram.

A UE lembrou que mantém a mesma posição sobre a situação e que continua "preocupada pelas contínuas ameaças da Coreia do Norte a seus vizinhos, especialmente a Coreia do Sul. Nesse contexto, a UE pediu à Coreia do Norte para "escolher um caminho diferente, se abster de mais provocações e acatar as resoluções das Nações Unidas".

A Coreia do Norte se declarou hoje em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, em comunicado no qual informou que "a situação na qual não há nem guerra nem paz da península da Coreia terminou". Com isso, o regime fez menção à situação entre Norte e Sul desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício que, por não ter sido substituído por um tratado de paz, coloca as duas partes tecnicamente como inimigas.

Um dia antes, o líder do Norte, Kim Jong-un, assinou uma ordem que colocava suas unidades de mísseis preparadas para um ataque às bases militares dos Estados Unidos no Sul.