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Damas de Branco são hostilizadas por simpatizantes do governo cubano

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Cerca de 200 simpatizantes do governo cubano realizaram um ato de protesto contra as opositoras Damas de Branco, reunidas na casa de sua falecida líder, Laura Pollán, para recordar os dois anos da morte do preso opositor Orlando Zapata.

"Vermes!", "Viva a Revolução!" e "Vivam Fidel e Raúl!", gritaram os manifestantes em frente à casa, onde as 41 mulheres prestavam tributo a Zapata, que morreu em 23 de fevereiro de 2010 depois de 85 dias de greve de fome.

Por sua vez, as Damas respondiam com gritos em favor da liberdade e slogans como "Fidel, traidor, assassino e ditador".

Berta Soler, que substituiu Pollán na liderança do grupo, declarou à AFP que a homenagem vai prosseguir mesmo com os ataques, assim como seus protestos pacíficos pelas ruas.

A organização Damas de Branco, Prêmio Sakharov 2005 do Parlamento Europeu, foi criada pelas esposas e familiares dos 75 dissidentes detidos em 2003, todos já libertados.

Zapata, um pedreiro de 42 anos, morreu numa greve de fome com a qual exigia melhorias em suas condições na prisão.