A Coreia do Norte, que tem um programa de armas nucleares, realizou nesta segunda-feira um teste de lançamento de um míssil de curto alcance a partir do litoral oriental, no mesmo dia em que foi anunciada a morte de seu líder, Kim Jong-Il, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Esta agência citou uma fonte não identificada do governo, segundo a qual este teste não estava relacionado com o anúncio da morte do líder norte-coreano.
"A Coreia do Norte procedeu a um lançamento de teste de um míssil de curto
alcance nesta segunda-feira. Este lançamento foi acompanhado de perto por nossas
autoridades militares", informou à Yonhap essa fonte anônima do governo
sul-coreano.
O ministério da Defesa da Coreia do Sul, no entanto, negou-se a confirmar essa informação.
Depois do anúncio da morte, Seul entrou em estado de alerta, aumentou a vigilância na fronteira e pediu aos Estados Unidos, que mantêm 28.500 soldados em seu território, que reforcem a vigilância com satélites e aviões, informou um porta-voz do Estado-Maior do Exército sul-coreano.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, pediu a seus cidadãos que mantenham a calma após o impacto provocado pelo anúncio da morte de Kim Jong-Il.
Lee conversou por telefone com o presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e concordaram em reforçar a cooperação em termos de segurança.
O presidente Lee também convocou o Conselho de Segurança Nacional para uma reunião de emergência.
Coreia do Sul e Coreia do Norte continuam tecnicamente em guerra desde o conflito de três anos entre os dois países, que acabou com um armistício em 1953.
A tensão entre os dois países aumentou desde que a Coreia do Norte bombardeou um navio de guerra sul-coreano em março de 2010, provocando a morte de 46 militares. Pyongyang negou envolvimento no episódio, mas em novembro de 2010 bombardeou uma ilha do Sul e matou outras quatro pessoas.