Agência AFP
MOSCOU - Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se, neste sábado, em toda a Rússia, por ocasião dos tradicionais desfiles do 1º de maio, exigindo melhorias na economia, em meio à crise, e a demissão do premier Vladimir Putin.
Em Moscou, os principais grupos políticos conclamaram a concentração: os militantes do partido no poder, Rússia Unida, e os comunistas eram os mais numerosos, com respectivamente 20 mil e 5 mil partidários, aproximadamente.
Entre balões, cachecóis, bandeiras vermelhas e retratos de Stalin, os comunistas celebraram o dia do Trabalhador atacando a política governamental e conclamando a volta do comunismo.
Outros partidos de oposição também mantiveram encontros em outros bairros da capital, e cinco pessoas foram presas durante uma manifestação organizada pelo movimento Solidarnost, informou a agência Interfax.
As centenas de militantes, entre os quais se encontrava o ex-campeão de xadrez Garry Kasparov, pediam uma "Rússia sem Putin, e Moscou sem (o prefeito Iuri) Lujkov!".
Os ultranacionalistas conseguiram, por outro lado, reunir cerca de 600 pessoas na periferia de Moscou. O desfile, em meio a um grande esquema de segurança, ocorreu sem incidentes, segundo a Interfax.
Segundo a imprensa, eram esperadas 1,7 milhão de pessoas em todo o país. E, de acordo com a federação de sindicatos independentes da Rússia, foram contabilizadas 1,8 milhão de pessoas no país.
Em São Petersburgo, segunda maior cidade russa, cerca de 15 mil pessoas foram às ruas, de acordo com a Interfax, que citou a polícia.