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União Europeia pede 'segurança jurídica' à Argentina

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Agência ANSA

BUENOS AIRES - A comissária da União Europeia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, que ontem esteve na Argentina, pediu ao governo desse país que garanta 'segurança jurídica' às empresas estrangeiras.

Em coletiva de imprensa, Ferrero-Waldner, que foi recebida pela presidente argentina, Cristina Kirchner, antecipou antes do encontro que iria pedir maior segurança para os investimentos europeus, diante de um possível avanço do plano estatizador nesse país.

- Nossas empresas precisam de segurança jurídica. Se têm opções, [elas] irão aos países com segurança jurídica. Isso é o que sempre mencionamos para proteger nossas empresas, mas também à Argentina, porque também se beneficiará - disse a comissária aos jornalistas.

Ferrero-Waldner advertiu também que "se há nacionalizações, devem ocorrer dentro da lei, com garantias e segurança. Se ocorrem, deve haver também compensações".

No início do ano, o governo argentino expropriou a companhia Aerolíneas Argentinas, cuja maioria do capital pertencia ao grupo espanhol Marsans. À época, a Espanha chegou a intervir para que a empresa espanhola e a Argentina chegassem a um acordo.

Contudo, após a reunião não foi informado o que se discutiu sobre a questão. O chanceler argentino, Jorge Taiana, limitou-se a declarar que foram analisados temas bilaterais, políticos e comerciais.

- Falaram também do estancamento da Rodada de Doha e da situação em Honduras - disse Taiana, que esclareceu que "não se mencionou absolutamente nada nem da dívida com o clube de Paris e nem dos títulos" argentinos, em default desde 2001.

Sobre a crise em Honduras, o chanceler afirmou que a comissária europeia e a presidente concordaram na necessidade de "fortalecer a democracia e que [o presidente deposto Manuel] Zelaya seja restituído ao governo".