Agência ANSA
ROMA - O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, garantiu que os objetivos de seu país no Afeganistão serão preservados mesmo após a morte do cabo Alessandro Di Lisio, vítima de um atentado ocorrido hoje perto da cidade de Farah.
O ministro, que faz uma visita oficial à Argélia, reconheceu, porém, que o episódio "impõe uma profunda reflexão" sobre as condições, os meios e os equipamentos com os quais contam as tropas italianas no Afeganistão.
- Este era o nosso pior medo, e o que eu pessoalmente temia, que a potência dos explosivos pudesse aumentar drasticamente e provocar danos também aos soldados dentro dos tanques de guerra, que até agora se mostraram muito eficazes - afirmou.
Di Lisio morreu depois que o comboio em que estava foi atingido por uma bomba colocada em uma estrada a 50 quilômetros de Farah, no oeste do Afeganistão. Outros três soldados ficaram feridos.
La Russa expressou suas "condolências e a máxima proximidade" às famílias das vítimas e informou que antecipará uma viagem que faria à cidade afegã de Herat para "tratar pessoalmente" da situação.
O oficial morto tinha 25 anos e estava no Afeganistão há quatro meses. Ele fazia parte de um grupo de paraquedistas e era natural de Campobasso, na região de Molise, sul da Itália.
Atualmente, a Itália mantém cerca de 3.200 soldados no Afeganistão, incluindo um destacamento especial de 500 enviado para acompanhar as eleições locais, marcadas para 20 de agosto. Trata-se da quarta maior força estrangeira no país, atrás de Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha.
Desde 2004, quando o governo de Roma começou a enviar oficiais, 14 italianos morreram no país, a maioria em atentados.