Agência ANSA
ROMA - O porta-voz do contingente italiano no Afeganistão, major Marco Amoriello, afirmou que a morte do militar Alessandro Di Lisio "é um momento difícil" e ressaltou que os soldados italianos são profissionais de alto nível.
- Para nós é um momento difícil. Felizmente os nossos paraquedistas são profissionais de altíssimo nível, têm uma formação excepcional e equipamentos em primeiríssimo estado - comentou Amoriello.
Di Lisio morreu hoje devido à explosão de uma bomba colocada em uma estrada a cerca de 50 quilômetros da cidade de Fatah.
O dispositivo atingiu um grupo de militares italianos composto por homens do 1º Regimento Bersaglieri e da Brigada de Paraquedistas Folgore, e deixou também outros três militares feridos.
- A bomba explodiu na passagem do nosso último carro. Três dos nossos paraquedistas ficaram feridos e um, infelizmente, morreu. Os três rapazes foram levados ao hospital militar de Farah e o que foi dito até o momento é que nenhum corre perigo de vida - afirmou o porta-voz.
Alessandro Di Lisio, de 25 anos, estava no Afeganistão há quatro meses e era natural de Campobasso, na região de Molise, sul da Itália.
- Não posso acreditar, não é verdade, talvez seja uma piada - afirmou Nunzio Di Lisio, pai da vítima, ao receber a notícia do acidente. O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, anunciou, por sua parte, que já autorizou o general Giuseppe Valotto, comandante do Comando Operativo Interforças (COI), a ir ao Afeganistão para repatriar o corpo.
Agora, são 14 os italianos mortos desde que o governo de Roma decidiu enviar tropas ao país, em 2004. A maioria, como Di Lisio, foi vítima de atentados.
Atualmente a Itália é o quarto país com maior número de contribuintes militares na missão Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) da Otan, com cerca de 3.200 homens (incluindo os 500 enviados temporários para as eleições de 20 de agosto).
Os Estados Unidos possuem 28.850 militares, seguidos pelo Reino Unidos, com 8.300, e pela Alemanha, com 3.380.