Jornal do Brasil
LONDRES - Foi um simples abraço, mas fez a maioria dos britânicos engolir em seco. Afinal, as normas de etiqueta são rígidas, claras, imutáveis. Para os britânicos, a rainha é intocável, e a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, evidentemente deveria saber disso.
Após tranquilizar os americanos ao aparecer diante da rainha com uma roupa que não deixava seus braços esculpidos à mostra que constrangedor! Michelle, novata na política, não conseguiu sair ilesa do G-20, em Londres.
A rainha fez um gesto com a mão, como se fosse abraçar Barack Obama, e a primeira-dama americana considerou oportuno retribuir o gesto da monarca com um abraço.
O que Michelle não sabia, porém, é que embora a rainha possa tocar seus convidados, esse gesto é proibido para aqueles que se reúnem com ela e poucos se atreveram a desrespeitar as normas no passado.
Parece que se deixa de lado o protocolo quando os Obama estão aqui , lamentou o jornal britânico Times, referindo-se à recepção real na residência londrina de Elizabeth II.
Em 1992, os diários britânicos criticaram o ex-primeiro-ministro australiano Paul Keating por ter se atrevido a envolver Elizabeth II com seu braço.
Já o ex-presidente francês Jacques Chirac, reuniu-se com a monarca em 2004 sem tocá-la, mas, apesar disso, foi criticado pela imprensa por ter quase se roçado à rainha.
Um abraço é uma ruptura do que se considera o protocolo apropriado quando alguém se reúne com a rainha , lembrou o Daily Telegraph.
Celebridade
Mas esta não foi a única ocasião que fez de Michelle Obama manchete dos jornais britânicos. Com suas roupas impecáveis, e uma agenda repleta de afazeres, Michelle impactou os britânicos tanto quanto seu marido, atraindo o mesmo interesse do público e centímetros nas colunas dos veículos locais dedicados a Barack Obama.
Jornais britânicos e americanos foram unânimes nos elogios às escolhas do guarda-roupa de Michelle nos eventos com a esposa do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, Sarah, na recepção oficial com a rainha Elizabeth no Palácio de Buckingham e em um jantar na residência oficial do premier.