Agência ANSA
VATICANO - Cerca de 100 bispos manifestaram seu apoio ao papa Bento XVI, em resposta à carta enviada pelo Pontífice nesta quinta-feira para explicar os motivos que o levaram a retirar a excomunhão de quatro bispos lefebvrianos da Fraternidade São Pio X.
Em uma carta, entregue pelo presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, monsenhor Claudio Maria Celli, ao secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, os bispos expressam "proximidade, confiança e fidelidade" ao Papa.
- Com esta carta, os bispos quiseram expressar a Bento XVI, proximidade, devoção e afeto. Não entraram no mérito das questões, simplesmente queriam deixar clara a sua fidelidade ao Papa e fazer com que ele saiba que é um exemplo para eles - explicou Celli.
O texto enviado pelos bispos segue a carta do Papa, divulgada ontem, destinada aos episcopados de todo o mundo, em que Bento XVI explicou as motivações da revogação da excomunhão dos bispos lefebvrianos, e lamentou as manifestações de hostilidade dirigidas a ele.
O presidente da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera, também expressou apoio a Joseph Ratzinger ao cumprimentá-lo hoje, quando o Pontífice o recebeu na sala do Consistório os participantes da assembleia plenária do organismo.
Cañizares entregou ao Papa uma carta da congregação, na qual dizia compartilhar "a amargura pelo sofrimento causado a Vossa Santidade". "Confirmamos com plena consciência a nossa fidelidade imutável ao sucessor de Pedro", afirmou Cañizares.
Muito fiel ao Papa, ele foi um dos primeiros a exprimir solidariedade depois da carta. Segundo Cañizares, os membros da congregação compartilham com o Papa "a prioridade indicada desde o início do Pontificado e a exigência suprema e fundamental de toda a Igreja: tornar Cristo vivo e presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus".