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PEQUIM - Um monge tibetano ateou fogo ao próprio corpo em um protesto nesta sexta-feira durante um festival de orações no oeste da China, informou um grupo ativista.
O monge começou atear fogo depois de sair do monastério no condado de Aba, uma área étnica tibetana na província de Sichuan, carregando uma bandeira tibetana com uma foto do exilado líder espiritual Dalai Lama, disse Matt Whitticase, porta-voz da campanha pelo Tibete Livre.
O monge foi cercado pela polícia, três tiros de arma foram ouvidos, e ele foi levado para longe em um furgão após ter caído no chão, disse Whitticase, mencionando fontes não identificadas. Não há como saber se o monge está morto ou vivo, acrescentou.
A Reuters conversou com três pessoas pelo telefone na cidade vizinha ao monastério Kirti, onde vivia, mas não foi possível confirmar o protesto.
Whitticase disse acreditar que este é o primeiro incidente do gênero desde a década de 1990.
- Isso é extremamente raro - afirmou.
Tibetanos comemoraram seu ano-novo nesta semana. E o festival de orações Monlan ocorre na sexta-feira no monastério Kirti, que foi o centro de manifestações pró-independência em março do ano passado antes da repressão chinesa, disse Whitticase.
No próximo mês também comemoram-se os 50 anos de aniversário do exílio de Dalai Lama, seguido do fracasso da insurreição contra a China, e a segurança foi intensificada ao redor do Tibete e em muitas áreas vizinhas com tibetanos.