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Em meio à tensão militar, EUA querem estreitar as relações com a China

Porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que Washington gostaria de ampliar os canais diplomáticos de comunicação com Pequim

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 25/04/2023 às 14:05

Alterado em 25/04/2023 às 14:09

John Kirb, porta-voz dos EUA EFE/Michael Reynolds

Em meio a maior disputa comercial do mundo, além das tensões militares, os Estados Unidos pretendem estreitar as relações com a China. Em entrevista coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (24), o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os países precisam ampliar as comunicações para incluir assuntos militares.

Kirby afirmou que Washington gostaria de ampliar os canais diplomáticos de comunicação com Pequim, que foram "reduzidos" após a visita da ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, em agosto de 2022. A China considerou a atitude como uma provocação, o que aumentou o clima de hostilade entre os dois países.

“Os canais de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China permanecem abertos. De fato, gostaríamos de vê-los expandidos”, comentou Kirby, ao reiterar que o presidente dos EUA, Joe Biden, espera ter uma conversa com o mandatário chinês, Xi Jingping, “em breve”.

Os líderes não realizam uma conversa bilateral desde a sua reunião na cúpula do G20 na Indonésia, em novembro do ano passado.

Tensão

As relações entre EUA e China estão em um ponto tenso, exacerbado pelos exercícios militares da China em torno de Taiwan, que Kirby classificou de "agressivos". Taiwan é uma das principais fontes de conflito sobretudo porque os EUA são os principais fornecedores de armas da ilha e seriam o seu maior aliado militar em caso de guerra com o gigante asiático.

A China reivindica a soberania sobre Taiwan, a qual considera uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de terem perdido a guerra civil contra o exército comunista.

No início de abril, a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, viajou aos Estados Unidos, onde se reuniu com vários congressistas republicanos e democratas, que reiteraram o compromisso de Washington em fornecer armas à ilha. A China acusa os Estados Unidos de utilizarem diferentes armas para manter a "supremacia mundial", o que considera um risco global.

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