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Na ONU, Ucrânia acusa Rússia de genocídio após quase 1 ano de guerra

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Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 23/02/2023 às 06:01

Alterado em 23/02/2023 às 08:47

[Ruas da Ucrânia]Invasão russa completará 1 ano nessa sexta (24 de fevereiro) Foto: Epa

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou nessa quarta-feira (22) a Rússia de cometer genocídio desde o dia 24 de fevereiro de 2022, quando invadiu o território ucraniano.

A declaração foi dada pelo chanceler ucraniano ao apresentar à Assembleia Geral da ONU a resolução por uma paz justa em seu país.

"O princípio da integridade territorial não pode ser comprometido. Com o apoio do mundo, a Ucrânia pode restaurar este princípio", declarou.

Segundo Kuleba, "nunca na história recente a linha entre o bem e o mal foi tão clara". "Sabemos pelo que lutamos, defendemos nossa terra e nosso lar. Este é o momento de mostrar que você é pela Carta da ONU".

A invasão russa à Ucrânia, que já deixou dezenas de milhares de mortos, completa um ano na próxima sexta-feira (24). O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, inclusive, que a ofensiva é uma "afronta à consciência coletiva".

"A marca de um ano desde a invasão russa da Ucrânia é um triste marco. A invasão é uma afronta à nossa consciência coletiva, uma violação da Carta da ONU e do direito internacional. O ataque russo desafia os princípios e valores fundamentais do nosso sistema multilateral", declarou o diplomata português.

"Hoje as perspectivas podem parecer sombrias, mas uma paz duradoura deve ser baseada na Carta da ONU. Quanto mais tempo durar a luta, mais difícil será este trabalho", concluiu Guterres.

Já o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, aproveitou a Assembleia Geral para afirmar que invasão à Ucrânia foi a única “opção para defender o povo de Donbass”.

“Não tínhamos outra opção para defender o povo de Donbass”, afirmou o diplomata russo.

Segundo ele, “acreditar nas alegações contra a Rússia de ações não provocadas contra a Ucrânia só é possível ignorando os oito anos anteriores em que o regime nacionalista criminoso chegou a Kiev apoiado pelo Ocidente”.

“Iniciar a história em 2022 é uma ação intencional do Ocidente para confundir as pessoas", acrescentou.

Para Nebenzia, “o projeto de resolução proposto na Assembleia Geral não ajudará a resolver o conflito". (com agência Ansa)