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Ex-advogado de Trump diz que ele é racista e insulta líderes negros

Reuters / Brendan McDermid -
Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, em Nova York
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Macaque in the trees
Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, em Nova York (Foto: Reuters / Brendan McDermid)

Michael Cohen, ex-advogado do presidente estadunidense Donald Trump, diz que o líder americano é racista e tem grande admiração pelo chefe de Estado russo, Vladimir Putin.

O livro Disloyal: A Memoir (Desleal: Uma Memória, em tradução livre) será lançado oficialmente nesta terça-feira (8), mas o The New York Times teve acesso à obra e publicou alguns trechos. Segundo o jornal, a publicação retrata Trump como uma figura sórdida e capaz de qualquer coisa contra os inimigos.

Além disso, Cohen, que trabalhou para Trump por mais de uma década, afirma que o seu antigo aliado é racista e insulta líderes negros de todo o mundo, incluindo o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.

"Me diga um país liderado por uma pessoa negra que não seja uma merda", teria afirmado Trump, segundo citação de Cohen publicada no livro.

Segundo o ex-advogado do presidente dos EUA, "como regra, Trump menospreza todos os negros, da música até cultura e política".

'Controle de nação inteira'

Sobre Mandela, herói sul-africano que liderou a luta contra o apartheid, Trump teria dito que ele era um "líder fajuto". Cohen diz ainda que o presidente norte-americano é obcecado por seu antecessor, Barack Obama. Segundo o ex-conselheiro de Trump, o presidente dos EUA também qualificou negros e latinos de "estúpidos".

Em relação a Putin, Cohen diz que Trump admira sua audácia "em assumir o controle de uma nação inteira e dirigi-la como se fosse sua própria empresa, como a Organização Trump, na verdade".

A Justiça dos Estados Unidos condenou o ex-advogado de Trump e ex-vice-presidente da Organização Trump por fraude e violação da lei de financiamento eleitoral. Ele admitiu os crimes, entre eles ter comprado o silêncio de uma atriz pornô que supostamente teve relações com Trump. Condenado a três anos de prisão, ele recebeu o benefício de prisão domiciliar em maio deste ano.(Com agência Sputnik Brasil)