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Rússia, China e Irã são curingas de novo baralho lançado pelo Exército dos EUA

© AP Photo / Maya Alleruzzo -
Soldados americanos têm tradição de jogar baralho no front
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O Exército dos EUA lançou um novo baralho de cartas para as suas tropas, com desenhos de armamentos de países rivais. O curinga do baralho mostra o sistema de defesa antiaérea russo S-400, capaz de vencer diversas outras cartas. O objetivo é "aprender mais sobre os adversários".

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Soldados americanos têm tradição de jogar baralho no front (Foto: © AP Photo / Maya Alleruzzo)

Jogar baralho é uma tradição no Exército dos EUA, principalmente em missões com restrições ao uso de dispositivos eletrônicos ou acesso à Internet. Para combater o tédio, o exército tem agora baralhos com cartas dedicadas à Rússia, Irã e China.

Esses são os três países identificados pelo Pentágono como "adversários em potencial". As cartas têm aparentemente fins educativos: ensinar aos soldados norte-americanos os nomes e capacidades dos armamentos de seus oponentes.

O sistema de defesa antiaéreo russo S-400 pode ajudar os soldados norte-americanos a vencer um jogo de cartas. No novo baralho do Exército dos EUA, a carta com o desenho do S-400 –chamado de SA-21 Growler pela OTAN – é uma espécie de super-coringa, capaz de vencer várias cartas ao mesmo tempo.

O segundo curinga do baralho dedicado à Rússia é o sistema de mísseis táticos Iskander, ou SS-26, e seus mísseis 9M729. Esses mísseis foram usados como pretexto por Washington para se retirar do acordo de redução de mísseis de curto e médio alcance, o Tratado INF.

Os novos baralhos são um sucesso, com mais de 70.000 exemplares distribuídos entre os soldados em menos de seis meses. Fred Batchelor, diretor do departamento de inteligência do Comando de Treinamento e Doutrina do Exército dos EUA, conta que não é necessário ter nenhuma autorização de segurança para obter o baralho.

"O legal é que qualquer pessoa pode ter essas cartas. Você não precisa ter autorização de segurança, ou trabalhar em uma divisão especial. Todos podem ter acesso às cartas, e acho que é por isso que elas venderam tão bem", disse Batchelor.

Não é a primeira vez que o Exército norte-americano recorre às cartas para educar os seus soldados sobre seus rivais: no Iraque, em 2003, as forças aliadas imprimiram baralhos com os 55 militares iraquianos mais procurados. Saddam Hussein era o ás de espadas.(Sputnik)