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Trump sugere que presidente de comitê da Câmara deveria ser preso por "traição"

Presidente americano pediu para presidente da Ucrânia investigar filho do rival democrata Joe Biden

REUTERS/Al Drago -
Deputado Adam Schiff, presidente do comitê de Inteligência da Câmara dos EUA
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou seus ataques contra o parlamentar que lidera o inquérito de impeachment a seu respeito nesta segunda-feira, sugerindo que o deputado Adam Schiff seja preso por "traição".

É provável que a declaração aumente as críticas à maneira como Trump está lidando com o escândalo que atinge sua presidência, derivado de uma conversa telefônica de 25 de julho na qual pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, para investigar o rival democrata Joe Biden e seu filho.

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Deputado Adam Schiff, presidente do comitê de Inteligência da Câmara dos EUA (Foto: REUTERS/Al Drago)

O telefonema foi incluído na denúncia de um delator do setor de inteligência dos EUA que despertou a suspeita de que o presidente procurou condicionar uma ajuda à Ucrânia a um favor político.

"O deputado Adam Schiff inventou ilegalmente um comunicado falso e terrível, fingiu ser meu como a parte mais importante de meu telefonema ao presidente ucraniano e o leu em voz alta ao Congresso e ao povo americano. Ele não tinha nenhuma relação com o que eu disse no telefonema. Prisão por traição?", tuitou Trump.

Trump pareceu se referir a comentários feitos por Schiff durante uma audiência do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, que este preside. Schiff disse que seus comentários parodiaram os que Trump fez na ligação a Zelenskiy.

O presidente, do Partido Republicano, vem atacando cada vez mais seus oponentes políticos desde que democratas da Câmara anunciaram na terça-feira que iniciariam um inquérito de impeachment.

Ele comparou o delator e autoridades da Casa Branca que deram informações ao delator a espiões e insinuou que cometeram traição.

O inspetor-geral de Inteligência Nacional considerou a queixa do delator crível e urgente, e a principal autoridade de inteligência dos EUA disse que o delator agiu de boa fé.