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ONU aponta quase 4 mil afegãos mortos ou feridos no 1º semestre de 2019

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Ao menos 3.812 civis afegãos morreram ou se feriram na guerra contra grupos militantes na primeira metade de 2019, o que inclui um grande aumento no número de baixas causadas por tropas estrangeiras e do governo, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

A divulgação das cifras mais recentes de baixas coincide com o momento em que as conversas entre o Taliban e autoridades dos Estados Unidos para encerrar a guerra afegã de 18 anos entraram em um estágio importante – os negociadores dos EUA almejam firmar um acordo de paz antes de 1o de setembro.

Mas a guerra continua, apesar dos esforços diplomáticos, obrigando os civis a viver sob a ameaça constante de ser visados por militantes, ser atingidos nos combates terrestres ou se tornarem vítimas involuntárias de ataques aéreos do governo afegão e de forças estrangeiras.

A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) disse em seu relatório mais recente que as operações e os confrontos terrestres causaram a maior parte das baixas civis, seguidos pelos ataques com bombas e os ataques aéreos.

Combatentes do Taliban e do Estado Islâmico mataram 531 afegãos e feriram 1.437 entre 1º de janeiro e 30 de junho. Os grupos islâmicos extremistas visaram deliberadamente 985 civis, inclusive funcionários do governo, anciãos tribais, agentes humanitários e estudiosos religiosos, disse a Unama em seu relatório.

A missão disse que forças pró-governo mataram 717 afegãos e feriram 680 nos seis meses transcorridos até 30 de junho, um aumento de 31% na comparação com o mesmo período de 2018.

Ao menos 144 mulheres e 327 crianças morreram e mais de mil foram feridas em todo o país.

Os ataques aéreos causaram 519 baixas civis, 150 das quais eram crianças.

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afegão | ONU