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Reino Unido acusa Irã de tentar sequestrar petroleiro

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Navios armados da Guarda Revolucionária do Irã teriam tentado sequestrar um petroleiro britânico no Golfo Pérsico na última quarta-feira (10).


A acusação foi lançada por fontes militares dos Estados Unidos e confirmada pelo governo do Reino Unido, mas negada por Teerã. O episódio ocorreu quando o navio petroleiro British Heritage atravessava o Estreito de Ormuz, entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã.


"Contrariamente à lei internacional, três embarcações iranianas tentaram impedir a passagem de um navio comercial pelo Estreito de Ormuz", disse o governo britânico por meio de um comunicado.
Segundo a nota, o navio de guerra HMS Montrose foi "obrigado a se posicionar entre as embarcações iranianas e a British Heritage e a emitir advertências verbais às embarcações iranianas, que se afastaram".
"Estamos preocupados com essa ação e continuamos a pedir às autoridades do Irã por uma distensão na região", conclui o comunicado.

A Guarda Revolucionária, por outro lado, afirmou que "não houve encontros com navios estrangeiros nas últimas 24 horas" e que suas atividades de patrulhamento naval no Golfo Pérsico "prosseguem segundo procedimentos normais".


"Se tivesse havido uma ordem de sequestrar navios estrangeiros, as forças navais dos Guardiães da Revolução teriam sido capazes de conduzir a missão sem problemas, de modo decidido e rápido", afirmou a Guarda Revolucionária.


Tensão - No fim da semana passada, as autoridades do Reino Unido haviam apreendido um navio petroleiro iraniano, o Grace 1, em Gibraltar, provocando ameaças de Teerã.
Já nesta quinta, após a suposta tentativa de sequestro no Golfo Pérsico, a Justiça britânica confirmou a prisão do comandante e do vice-capitão do Grace 1. Eles são acusados de tentar transportar petróleo a uma refinaria na Síria, o que violaria sanções internacionais.


A escalada da tensão entre países ocidentais e o Irã já incluiu até o abatimento de um drone americano e um quase-bombardeio dos Estados Unidos, freado de última hora pelo presidente Donald Trump.